11 May 2025

Supremo Pastor

Naquele tempo, disse Jesus: “As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão. Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai. Eu e o Pai somos um” (João 10,27-30)

Pastoreio como Cristo

Meus irmãos e minhas irmãs, hoje é domingo, dia do Senhor, quarto domingo do tempo da Páscoa, também chamado Domingo do Bom Pastor.

Para São Pedro, Jesus é o “archipoimen”, ou seja, o Supremo Pastor. Ele o é pela sua profunda comunhão com o Pai do Céu.

Os dois são um, como Jesus mesmo afirmou no Evangelho. Então, quem não está em profunda comunhão com Cristo e a sua Igreja fará do ministério de pastoreio um carreirismo, um oportunismo, um meio para subir na vida, enriquecer-se, ganhar seguidores, lucrar, mas nunca será pastor como Cristo é.

Jesus é o supremo pastor, porque não existe nenhum outro acima dele. Ele é o Supremo Pastor, porque Ele é o perfeito. Ele é o Supremo Pastor porque Ele deu a Sua vida pelas ovelhas.

O Evangelho de hoje, que nós meditamos, nos diz três coisas sobre o verdadeiro pastoreio.

Primeira, Ele dá a vida pelas suas ovelhas. Ninguém cuida de alguém sem se sacrificar. Quem poupa sua vida ou pensa apenas no seu bem-estar, não pode fazer parte da comunidade dos discípulos de Jesus.

O mistério da cruz está no centro, no centro do serviço de Cristo como pastor. Em cada Eucaristia, Jesus dá provas desse amor sacrifical. Ele se entrega a nós. A vida não se entrega apenas na hora da morte ou na hora do martírio, ela se entrega dia a dia. É um aprendizado diário de oferecer-se em prol de alguém e colocar-se à disposição do Senhor.

A segunda coisa: ele conhece as ovelhas e elas o conhecem. Quando numa pessoa ressoa a voz do Criador, abre-se espaço para uma relação de amor e intimidade. Não se trata de um conhecimento de nomes e de datas. Trata-se de um conhecimento interior, onde pastor e ovelha se deixam conhecer mutuamente e se abrem um ao outro. Por fim, o pastor está a serviço da unidade. Eu e o pai somos um.

A marca do pastor é a unidade, ou seja, a capacidade de gerar comunhão, mesmo num ambiente diversificado, heterogêneo, com pessoas de diferentes culturas e expressões.

A Igreja não pode se acuar nos limites do seu ambiente religioso. Nós somos e devemos ser pessoas do diálogo, de saber lidar com o diferente.

A Igreja traz, no próprio nome (católica), a marca do pastoreio de Cristo, o qual tem uma solicitude por todas as ovelhas e não apenas algumas.

Aprendamos com Jesus, o Bom Pastor, a também servir aos nossos irmãos, à Igreja de Cristo.

Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-Poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!


Padre Donizete Heleno Ferreira

Padre Donizete Heleno Ferreira é Brasileiro, nasceu no dia 26/09/1980, em Rio Pomba, MG. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2003 no modo de compromisso do Núcleo.

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