10 Jun 2024

O pobre de espírito herdará o Reino dos Céus, a maior riqueza

“Naquele tempo, vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se e Jesus começou a ensiná-los. Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra e bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.” (Mt 5,1-12)

Agora, nós estamos, meus irmãos e minhas irmãs, dentro daquilo que nós chamamos de bem-aventuranças. E o que as bem-aventuranças provocam dentro de nós? Provoca algo muito importante, elevar, cada um de nós, à dignidade de filho de Deus. Por quê? Porque os bem-aventurados são tocados pela graça de Deus, ou seja, aqueles que colocam toda a sua confiança no Senhor para não desistir da Sua vontade.

Podemos observar que Jesus senta no monte com os discípulos e a multidão, naquela relva e Ele começa a ensinar que bem-aventurados são os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus.

Na liturgia e na teologia, o pobre de espírito é aquele que é vazio de si mesmo, que em tudo depende de Deus. É aquele que coloca a sua confiança de forma total em nosso Senhor. Este é o próprio pobre de espírito, aquele que tem a capacidade de reconhecer que não é nada e depende em tudo do Senhor. A Palavra, no Evangelho, diz que o homem só é feliz quando encontra em Deus a sua esperança e coloca n’Ele a sua confiança.

A pobreza de Espírito é o segredo da verdadeira riqueza

Os bem-aventurados são, justamente, esses que renunciam ao mundo, que renunciam às coisas deste mundo, que renunciam aos vícios, aos pecados para ser totalmente de Deus, preencher o coração de Deus.

Santo Afonso Maria de Ligório nos diz para amarmos a Deus de todo o coração e de toda a nossa alma, e que para ter o coração pobre, no qual a Palavra nos fala hoje, é preciso expulsar do coração todo o afeto terreno, ou seja, tudo aquilo que nos escraviza a este mundo. Depois, ele fala de dois requisitos: esvaziar o coração, o pobre de espírito, das coisas deste mundo, e depois encher o coração com o amor de Deus.

Será que eu e você temos buscado encher o nosso coração com o amor de Deus e esvaziá-lo das coisas do mundo? Somente o pobre de espírito consegue realizar isso.

Lembre-se do que a teologia nos ensina, o pobre do espírito é aquele que está vazio de si mesmo para se encher de Deus, para ser totalmente d’Ele. Que Deus lhe dê essa graça para viver na sua vida, na sua família, no seu trabalho, na sua faculdade, para esvaziar-se para ser todo de Deus, para encher-se de Deus. Que Ele o ajude e que o Espírito Santo o ilumine a fazer a Sua vontade.

Que Deus o abençoe em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!


Padre Ricardo Rodolfo

Padre Ricardo Rodolfo é brasileiro, nascido em 15 de junho 1982. Natural de São José dos Campos (SP), é membro da Associação Internacional Privada de Fiéis – Comunidade Canção Nova desde 2009 no modo de compromisso do Núcleo.

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