30 Oct 2023

Jesus liberta a sua vida de todas as amarras do pecado

“Havia aí uma mulher que, fazia dezoito anos, estava com um espírito que a tornava doente. Era encurvada e incapaz de se endireitar. Vendo-a, Jesus chamou-a e lhe disse: ‘Mulher, estás livre da tua doença.’ Jesus colocou as mãos sobre ela, e imediatamente a mulher se endireitou, e começou a louvar a Deus” (Lucas 13,11-13).

A postura de alguém que está encurvada, sem a capacidade de endireitar-se por si só, é comparada à postura espiritual de alguém que está presa ao pecado, alguém que está amarrada ao pecado; alguém que se afeiçoou à vida de pecado e vive acabrunhada no peso do pecado.

Uma vida sem sentido, uma vida cabisbaixa, o pecado deixa a pessoa sem sentido e cabisbaixa; é alguém que não consegue mais erguer o olhar para o céu, alguém que está sempre com o olhar para baixo, ocupado somente com as coisas da terra, com as coisas deste mundo.

Porque o pecado vai, aos poucos, nos encurvando, o pecado gera esse “voltar-se para as coisas deste mundo”, faz-nos esquecer das coisas do Alto. O pecado vai nos fazendo viver esse redobramento sobre nós mesmos. A pessoa vive voltada para si própria, voltada para o seu próprio umbigo, então, ela vai se encurvando. É isso que o pecado gera na vida das pessoas.

Jesus veio para quebrar, para romper as amarras do pecado e também para romper a vivência de um fundamentalismo da lei, que impede o reerguimento da pessoa. Foi isso que nós vimos aqui: aquela mulher há muitos anos estava encurvada e existia um preceito que ela não poderia ser curada no dia de sábado.

O pecado deixa a pessoa sem sentido e cabisbaixa; é alguém que não consegue mais erguer o olhar para o céu

Jesus rompe com esse fundamentalismo porque a misericórdia de Deus — manifestada a nós em Cristo por meio dos sacramentos —, especialmente o sacramento da confissão e da Eucaristia, gera esse reerguer para as coisas do Alto, esse reerguer da pessoa que é tocada por Cristo.

Não existem barreiras, não existe dia, não existe momento para ser tocado pela graça de Deus. Cristo nos toca por meio dos sacramentos — assim como tocou aquela mulher que há tantos anos estava encurvada e, ao ser curada, passou a louvar a Deus, voltou a direcionar o seu olhar para o Alto, voltou a direcionar o seu olhar para Deus. Os que se deixam tocar pela misericórdia do Senhor são reerguidos, libertos e capazes de olhar para as coisas do Alto. São capazes de olhar para o próximo também.

Jesus nos ensina que nada deve estar acima da ação libertadora, nem as leis, os mandamentos e as regras devem estar acima da ação libertadora que gera vida nova, que promove essa libertação, essa ação salvadora. Porque as leis e os mandamentos são esse caminho que devem gerar a salvação, devem gerar a libertação e não manter a pessoa cativa, não manter a pessoa no pecado.

Então, que possamos viver as leis e os mandamentos, mas compreendendo que isso deve gerar vida, libertação e salvação.

Desça sobre vós a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!


Padre Bruno Antonio

Padre Bruno Antonio de Oliveira é Brasileiro, nasceu no dia 18/10/1987, em Lavras, MG. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2012 no modo de compromisso do Núcleo.

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