“Naquele tempo, Jesus saiu de novo da região de Tiro e passou por Sidônia e continuou até o mar da Galileia, atravessando a região da Decápole. Trouxeram então um homem surdo que falava com dificuldade e pediram que Jesus impusesse a mão. Jesus afastou-se com o homem para fora da multidão e, em seguida, colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e, com a saliva, tocou a língua dele. Olhando para o céu, suspirou e disse, Éfata, que quer dizer, abre-te” (Mc 7,31-35).
A Boa-Nova do Evangelho da salvação
Bom, o personagem do Evangelho de hoje era surdo, kophos. A tradução original significa “duro de ouvir”, ou seja, sons desagradáveis. Porque era surdo, ele falava com dificuldade. Foi essa palavra kophos, inclusive, que deu origem a um vício de linguagem chamado cacofonia.
Você se recorda disso, de quando estudou Português, não é? Como que é ruim, inclusive, escutar alguém falando um Português malfalado! Como soa mal para os nossos ouvidos quando nós escutamos alguém atropelando a língua na comunicação! Eu não estou falando de dialeto, eu não estou falando nem de expressões próprias de uma língua. Por exemplo, nós temos muitos irmãos que acompanham em Portugal essa homilia. Certamente, nossos irmãos portugueses têm expressões próprias do Português de Portugal; e nós do Brasil temos expressões próprias daqui!
Aquele homem falava com dificuldade, porque não escutava. Jesus queria que os Seus discípulos fossem transmissores da verdade única sobre Deus, e não podiam trair, de nenhuma forma, a revelação divina. Por isso Jesus faz uma terapia na dificuldade daquele homem. Naquela época, inclusive, acreditava-se no poder curador da saliva. Você ouviu, no Evangelho, o gesto que Jesus faz.
A saliva de uma pessoa santa, por exemplo, era capaz de curar enfermidades. Acreditava-se assim. A saliva continha a força daquela pessoa. É como se Jesus tivesse transmitido o Seu poder de anunciar a Palavra de Deus para aquele homem.
E é assim que acontece conosco, porque no batismo, inclusive, existem alguns ritos chamados “complementares”, dentre os quais está o momento desse éfata – “abre-te”. Naquele homem, quem, de fato, percebe a realidade de sua dificuldade é Jesus; e Ele abre os ouvidos daquele homem, Jesus dá a ele a capacidade de escutar a Sua voz, escutar a Sua palavra. Por isso, como eu disse, no rito do batismo, quem preside proclama sobre a vida do batizado: Éfata,” abre-te”. Por isso recebemos, com o nosso batismo, esse mandato de sermos anunciadores da Palavra de Jesus, capaz de comunicar as verdades do reino dos céus.
Eu digo: você pode falar com o seu sotaque, você pode usar as suas expressões nativas da sua língua; o importante é que você seja um bom comunicador de Deus, que você leve a quantos for possível a Boa-nova do Evangelho da salvação em Cristo Jesus.
Hoje, abramo-nos à voz do Cristo que nos dá a capacidade de comunicar as Suas verdades.
Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-Poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
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