14 Mar 2010

Reconciliação em Cristo, alegria da volta.

A liturgia de hoje nos fala da alegria da volta e reconciliação. No quadro apresentado pela primeira leitura, os hebreus chegam ao fim da sua peregrinação pelo deserto. Estão entrando na Terra Prometida e podem esquecer a vergonha da sua escravidão. Celebram a Páscoa, comendo o pão sem fermento dos primeiros frutos da terra recebidos de Deus.

O evangelho descreve a volta do filho pródigo para junto do seu pai, o qual o acolhe com uma alegria do tamanho do seu amor, pois seu filho “estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi encontrado”. Assim, a liturgia de hoje é uma grande exortação para que o pecador volte à alegria que deus lhe destina. Basta que se entregue a Cristo, admitindo, no seu coração, que a morte de Jesus por amor nos reconciliou e que a vida dele nos indica o rumo a seguir.

Por que não dar ouvido a esta exortação? Aquele que vive estraçalhado por desejos egoístas, contraditórios, por que não volta a viver a benfazeja doação da vida, a exemplo de Jesus? O que sente remorsos por estar injustiçando a vida dos outros, por que não repara a sua injustiça para reencontrar a paz? Quem se deixou seduzir pelas drogas, consciente de estar num beco sem saída, por que não imita o exemplo do filho pródigo? Aquele que sabe que a sua riqueza causa a pobreza de muitos, por que não se esforça para, em espírito de comunidade, criar estrutura de participação?

Se Jesus contou a parábola que hoje é apresentada, é porque sua missão serve para instaurar essa relação nova entre Deus e os homens, A fé, a união com Cristo implica essa nova relação com Deus, o encontro do arrependimento do pecador com a misericórdia de Deus, ao qual dizemos: “Volta-te para nós, para que voltemos a ti!” Pois o pai misericordioso já estava voltado para ele antes que ele voltasse… basta aderir radicalmente a Cristo, na comunhão de sua Igreja, para encontrar o caminho da reconciliação, alegria da volta, a Terra Prometida.

A Igreja recebeu de Cristo um sinal para marcar com sua garantia essa reconciliação: o sacramento da penitência ou da volta. Quem sinceramente se confessa, pode estar seguro da sua reconciliação com Deus. Este sacramento encontra muita resistência, pois ninguém gosta de se sentir julgado. Mas o evangelho de hoje mostra exatamente que Deus não que julgar o pecador, quer simplesmente apertá-lo nos braços. A confissão deve ser apresentada não como julgamento, mas como acolhida. O que importa não é o passado, e sim, o futuro: o abraço acolhedor do Pai.

Padre Pacheco,

Comunidade Canção Nova.

Pai das Misericórdias

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