21 Dec 2013

Não há desculpas para não exercemos a caridade

Não há desculpas para não exercemos a caridade, não há desculpas para não cuidarmos uns dos outros.

”Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!’ (Lc 1-,42).

 

Nós, hoje, acompanhamos Maria, que ficou grávida por obra e pela ação do Espírito Santo, sendo movida por este mesmo Espírito a não pensar só em si, a não se inflamar de orgulho por causa daquilo que recebera de privilégio do Céu. Afinal de contas, a nenhuma outra mulher da terra o Senhor conferiu a graça e o dom de ser a Mãe de Jesus. É um dom único conferido a Virgem Maria! Por isso, sua prima Isabel, cheia do Espírito Santo, exclama que ela é bendita entre todas as mulheres que há sobre a terra. E, da mesma forma, bendito é o Fruto que está no ventre dela.

Primeira coisa, uma vez que Nossa Senhora não se fechou em si mesma, ela foi ao encontro da sua parenta, que muito precisava da sua ajuda, porque afinal de contas ela também estava grávida. Maria foi apressadamente a Judeia, não foi para ser exaltada por Isabel, foi para cuidar dela, foi para prestar-lhe solicitude e solidariedade; ser uma presença fraterna e amiga. O próximo, muitas vezes, não é aquele que vem apenas ao nosso encontro, mas aqueles que colocamos na frente, como meta, e vamos ao encontro de suas necessidades, dos seus sofrimentos e das suas aflições. Foi isso que Maria fez, ela colocou Isabel como meta, colocou-a como objeto da sua solicitude amiga, fraterna, por isso foi ao encontro da sua prima. Por isso ela foi apressadamente ao encontro daquela que precisava dela.

Mesmo tendo seus limites, a Santíssima Virgem Maria também ficou grávida [como a prima], não podendo se vangloriar – “Eu já sou a Mãe de Jesus!” Não! Não há desculpas para não exercemos a caridade, não há desculpas para não cuidarmos uns dos outros. Nós não podemos inventar este ou aquele compromisso ou outra coisa qualquer para não exercermos a caridade.

Este mesmo Espírito de Deus, que nos prepara para irmos ao encontro do Senhor, quer nos “desinstalar” da vida que nós levamos, essa vida é muito corrida, temos muita coisa para fazer; mas geralmente são “nossas” coisas. Geralmente nós fazemos as coisas girarem só em torno de nossas necessidades. Existe alguém, existem muitas pessoas, existem muitas necessidades e sofrimentos; existem doentes, grávidas, idosos, crianças abandonadas, existe o pobre sofredor. Mas tamém há nossos irmãos de nossa comunidade, pessoas que estão realmente vivendo a solidão, o abandono, pessoas que ninguém liga para elas.

Este tempo nos convida a sairmos de nós mesmos e a termos a atitude de Maria, que não ficou contemplando apenas Jesus no seu ventre. Não tem Natal mais pobre do que ficar olhando apenas para um presépio, com imagens que recordam o passado e não ir contemplar o sofrimento de Jesus, que nasce em todas as pessoas, que representam Deus no meio de nós.

Que saiamos de onde estamos, parados, instalados e possamos ir ao encontro do próximo, que tanto precisam da nossa presença fraterna!

 Deus abençoe você!

 

 

Pai das Misericórdias

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