03 May 2008

DAÍ A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR E A DEUS O QUE É DE DEUS Mc 12,13-17

Diga: é lícito ou inlícito pagar impostos ao Imperador romano? Devemos pagar ou não?

Ante esta provocação Jesus simplesmente responde. Dai a Deus o que é de Deus, e a César o que é de César. Jesus não fala dentro dos limites do pagar ou não pagar o tributo a César, porque primeiro se tratava de um poder humano e depois temporal. Segundo porque o homem foi criado para as coisas do alto. Que não perecem e não envelhecem. Terceiro porque se trabalha de mais uma armadilha fracassada.

A reposta de Jesus é um convite que os seus interlocutores abandonem os seus horizontes limitados para enfrentar o problema decisivo que era o de Deus.

Havendo falhado em denegrir a pessoa e autoridade de Jesus, os líderes religiosos armaram-Lhe a “cilada perfeita”: a questão do tributo a César. Se Jesus apoiasse o tributo imperial, Se exporia ao ódio dos extorquidos judeus; se não apoiasse, seria denunciado aos romanos como revolucionário e agitador do povo judeu.

Magistralmente, Jesus calou os líderes judaicos com as célebres palavras: Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. Com isto, Jesus estabeleceu a importante questão de que o cristão é cidadão de dois mundos: o terrestre, com todas as obrigações a ele inerentes, e ao mundo celeste com todas as implicações que isto acarreta.

O cristão não pode viver alienado no mundo, pois é sal e luz, vivendo para fazer uma diferença saudável na comunidade; mas sem se esquecer de sua cidadania celestial, atuando como embaixador de Deus, na linguagem de São Paulo, para com os que estão à sua volta, a começar pelo marido, esposa, filhos, parentes e amigos.

Diante dos conflitos e reivindicações dos mundos: o do Céu e da terra, tu meu irmão e minha irmã deves sentir dentro de ti as palavras de Jesus em Mateus 6,33: buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Portanto, saiba que o Reino de Deus e a Sua justiça têm prioridade. Como disse Pedro: Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens (Atos 5:29). Mas, se as reclamações do mundo não se chocarem com os do reino de Deus, então o cristão deve atender às palavras de Paulo: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra. Não podeis ter divida de alguém, senão a divido do amor Rom 13:7. 8. Ou melhor, Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus! Escolha pois a Deus e viverás!

Que Deus nos ensine a subordinar todas as nossas vontades ao seu querer e vontade tendo-O como medida deu tudo quanto existe. Alías dirá o salmista: tudo é de Deus e nós somos de Deus.

Pai das Misericórdias

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