“No dia seguinte, João viu Jesus aproximar-se dele e disse: ‘Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Dele é que eu disse: Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque existia antes de mim. Também eu não o conhecia, mas se eu vim batizar com água, foi para que ele fosse manifestado a Israel’. E João deu testemunho, dizendo: ‘Eu vi o Espírito descer, como uma pomba do céu, e permanecer sobre ele’” (João 1,29-32).

Meus irmãos e minhas irmãs, parece que, agora, João é consciente de quem está se aproximando dele: Jesus Cristo, o Messias.

Você se recorda de que, quando João tinha seis meses de idade, Jesus, na barriga de Sua Mãe, tinha ido ao seu encontro também. E para os ideólogos do aborto, este não seria um encontro, porque não consideram o feto como uma pessoa. É importante recebermos também do Evangelho essas luzes que nos guiam até mesmo nos tempos de hoje.

Houve um encontro, e mais um encontro: aquele que havia acontecido há mais de 30 anos, agora se repete. Voltando aqui, para o nosso mundo real, Jesus vai ao encontro de João novamente. E o que Ele faz? Um anúncio contundente: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”.

Jesus foi ao encontro do Batista. Como Jesus fez com o Batista, Ele quer fazer com cada um de nós

Na primeira ocasião, João não tinha condições de falar, porque era uma criança de seis meses, mas, agora, chama atenção o que ele diz logo em seguida: “Eu não o conhecia…”.  Meu Deus, que revelação!

Ninguém será capaz de conhecer Deus de uma única vez e de um modo pleno. O conhecimento de Deus é um caminho na direção desse mistério. Veja, João Batista, com tudo que havia experimentado de Jesus, diz não O conhecer. Coitados daqueles que pensam que Deus é um conjunto de respostas pré-fabricadas! Ele não é uma “decoreba” de conceitos e de doutrina.

Deus é uma pessoa e a catequese tem o seu lugar na Igreja, mas ela vem logo depois da experiência do encontro. A catequese não vem antes do encontro pessoal com Cristo. Primeiro, nós O encontramos, maravilhamo-nos com Ele; depois, pouco a pouco, vamos tomando conhecimento do seu estilo de vida, os seus valores, aquilo que, de fato, é ser de Jesus.

Lembremos que a Doutrina cristã é sempre indicativa, porque ela precisa apontar o Cristo, ela indica onde está o Cristo; ela nunca é impositiva, é sempre indicativa. Deus, primeiro, quer ser encontrado; e se Ele, que é Deus, vem ao nosso encontro, precisamos ir ao encontro d’Ele.

Jesus foi ao encontro do Batista. Como Jesus fez com o Batista, Ele quer fazer com cada um de nós! Precisamos encontrar o Senhor e nos deixar ser encontrados por Ele, para que, entrando na nossa vida, de fato, Ele seja o Cordeiro de Deus que tira o nosso pecado, que nos tira das trevas e transporta-nos para o Reino da Sua luz admirável.

Sobre todos vós desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!