Naquele tempo, disse Jesus: “Que os vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. Sede como homens que estão esperando o seu Senhor voltar de uma festa de casamento para lhe abrirem imediatamente a porta logo que ele chegar e bater. Felizes os empregados que o Senhor encontrar acordados quando chegar. Eu vos digo, ele mesmo vai cingir-se, fazê-lo sentar-se à mesa e passando o servirá. E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão se assim os encontrar” (Lucas 12,32-48)

A esperança na vinda do Senhor

Meus irmãos e minhas irmãs, hoje é domingo, dia do Senhor, o 19º domingo do tempo comum. Esse dia especial de oração, dia de estarmos em família, em comunidade, para vivermos bem essa graça de celebrar o dia do Senhor.

Um Evangelho que acaba nos dando um banho de realismo! O padre não leu todo o Evangelho, pois é bem longo, mas você pode ler, depois, o capítulo 12 do Evangelho de São Lucas a partir do versículo 32.

Como eu disse, esse banho de realismo, de fato, tem por objetivo abrir os nossos olhos e nos colocar numa atitude de prontidão diante da vinda gloriosa do Senhor ou da possibilidade da nossa morte, do nosso encontro com Ele.

Jesus, começa o Evangelho de hoje exortando os Seus discípulos para que não tenham medo, porque o medo paralisa.

E Jesus diz essas palavras com tanto realismo, não para nos causar medo, mas para nos colocar numa atitude de vigilância.

viver como administradores, não como donos

A consciência que Jesus nos dá sobre o nosso fim último faz cair por terra muitas coisas inúteis com as quais nós gastamos a maior parte do nosso tempo.

Quantas coisas inúteis estão no nosso coração! Discórdias, vícios, maldades… Já imaginou sermos colhidos para a eternidade no momento em que estivermos vivendo esse tipo de coisa no nosso coração? Seria terrível! Por isso Jesus nos recorda que o patrão último não é o eu, mas Deus. E é diante d’Ele que, um dia, nós vamos prestar contas da nossa vida.

A vida nos foi dada como um dom, e tudo o que há nela é um dom divino. As pessoas, a nossa vocação, o nosso trabalho, os nossos bens materiais, tudo é dádiva de Deus. Nós somos apenas administradores de tudo isso. Por isso não façamos posse dessas coisas e pessoas.

A esperança na vinda do Senhor

Jesus quer também que nós sejamos esperançosos quanto a Sua vinda. Não é um ladrão que virá, mas é o nosso Senhor, o Senhor das nossas vidas. E isso também deve nos motivar com um coração cheio de esperança.

Uma prontidão que não tira folgas

Por fim, ele pede de nós uma vigilância, que não seja só esporádica, mas uma vigilância permanente, que não tire folgas. Ele quer que nós estejamos prontos quando Ele chegar. Pode ser a meia-noite ou às três da manhã, ou seja, nós não sabemos a hora nem da nossa morte nem da segunda vinda gloriosa do Senhor.

Que Deus nos dê a graça de uma consciência pura sobre as nossas ações e nos mantenha sempre em fidelidade.

Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-Poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo, Amém!