15 Oct 2010

Sem medo de anunciar o Evangelho

Os apóstolos são doze. Doze na Sagrada Escritura é a totalidade, é o símbolo da comunidade para dizer que nas entrelinhas também consta o nome de cada um de nós para o seguimento e a missionariedade na Igreja.

O fato mais surpreendente no chamado de Jesus Cristo a cada um de nós é que tudo aquilo que acontece com Ele, consequentemente, acontecerá com os Seus seguidores; melhor dizendo: acontecerá conosco. A apostasia está aí. Ela é a alma deste mundo contrário ao Evangelho e à verdade, que é Jesus. A negação da fé não é novidade para ninguém.

Para que possamos ser fiéis e não corrermos o risco de negar a fé, é preciso que nos aprofundemos em algumas realidades muito importantes:

Mergulhar a nossa vida no Evangelho: precisamos ser íntimos da Palavra; quanto mais estivermos mergulhados em sua força, menos atenção daremos a tudo aquilo que quer nos tirar o foco, a meta. Nosso foco é o Senhor, a Sua Palavra. Na intimidade com a Palavra, tornamo-nos íntimos de Jesus, pois Ele é o Verbo que se fez carne. Só se anuncia aquilo que está dentro de nós; é do coração que vêm todas as coisas. Antes de subirmos aos telhados deste mundo, temos de nos abastecer, dando tempo e atenção àquilo que é a essência, não nos envolvendo com as supostas perseguições. Não devemos dar poder para quem não o tem.

2º – Jesus nos libertou de todas as escravidões: não devemos nem podemos temer nada nem ninguém. Somente Deus; mas o temor no Senhor não é medo, mas confiança e respeito. Nada nem ninguém tem o poder de tirar aquilo que temos de mais precioso: a nossa liberdade. Por mais que possam nos prender, nos matar, dentro de cada um de nós existe algo que ninguém pode matar e aprisionar: aquilo que realmente somos enquanto filhos e filhas de Deus. Somente nós temos o poder de nos prender e de tirar a nossa vida; mais ninguém. Em Deus, por mais que existam perseguições e prisões, somos verdadeiramente livres!

3º – Vivemos, enquanto cristãos, da Providência Divina: para dizer que há muita preocupação em nossa vida, quanto a tudo aquilo que é supérfluo, acidental. O Senhor sabe do que precisamos; inclusive, sabe de toda angústia e perseguição que haveremos de passar e as que já estamos passando. Deus, na Sua infinita bondade e misericórdia, sabe do que necessitamos. Tudo concorre para aqueles que amam ao Senhor, já dizia e diz São Paulo.

Na verdade, no mais profundo sentido da questão, o problema não está fora; aliás, nunca está fora, mas dentro de cada um de nós, ou seja, nós ainda não entramos na Palavra e não a deixamos entrar em nós. Não acreditamos que somos filhos e filhas de Deus, livres no Senhor. Não vivemos da Divina Providência, pois somos muito autossuficientes; queremos tudo e do nosso jeito; não queremos viver da Providência, fazendo com que o Senhor cuide nós. Desta forma, nunca conseguiremos resistir à grande perseguição. Mas é por que são muito fortes as formas contrárias ao Evangelho? Não! É porque somos muito fracos, inconstantes, imaturos… Queremos tudo sem o mínimo de esforço. Deste jeito, seremos tudo, menos cristãos.

Padre Pacheco

Comunidade Canção Nova

Pai das Misericórdias

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