Não permitamos que ninguém sofra a fome, a dor ou qualquer outro sofrimento e sejamos indiferentes
“Jesus chamou seus discípulos e disse: ‘Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que está comigo, e nada tem para comer. Não quero manda-la embora com fome, para que não desmaie pelo caminho” (Marcos 15,32).
Jesus teve compaixão daquela multidão. Quando alguém tem compaixão, ela sofre junto, ela tem os sentimentos daquela alma e daquele coração; é capaz de ter sensibilidade pelo o que o outro está passando e sofrendo. E, nesse espírito da sensibilidade pelo sofrimento do outro, essa pessoa assume as dores dele.
Olhemos para o nosso meio (de forma nenhuma) não somos os mais sofredores. Muitas vezes, nós super valorizamos o nosso sofrimento, as nossas angústias e necessidades. É falta de sensibilidade para com o sofrimento do outro.
Quando vemos quem sofre ao nosso lado, aqueles que passam por dificuldades e sabemos nos colocar no nosso lugar; não vamos nos elevar e nem centrarmos naquilo que sofremos, mas vamos saber ter o sentimento de Jesus, com o sofrimento e a dor do próximo.Ter compaixão do outro é aproximar-se dele; é alimentá-lo com a palavra que levanta, conforta, consola e cura, essa é a Palavra de Jesus.
Permita-me dizer com muita seriedade e profundidade: não basta alimentar as pessoas com a Palavra de Deus; sabemos que não só de pão vive a nossa humanidade, entretanto, não é ”só” da Palavra de Deus. Têm pessoas que precisam do pão para comer, precisam da veste para vestir, precisam da água para beber, precisam do remédio para cuidar da sua doença e da enfermidade. Olhemos, também, para as necessidades materiais que as pessoas passam e sofrem.
Jesus não permitiu que aquela multidão fosse despedida com fome. Não dá para alguém se aproximar de nós com fome, estar sofrendo porque a fome doí, machuca e oprime e simplesmente dizermos: “Deus te abençoe”. O “Deus te abençoe” é um conforto para a alma, mas o físico daquela alma precisa se alimentar.
Não permitamos que ninguém sofra a fome, a dor ou qualquer outro sofrimento e sejamos indiferentes.
Queremos acolher Jesus e fazer a maior festa para Ele. No Natal, as casas estão sendo enfeitadas, vamos dar presentes; mas para tantas coisas Jesus “fecha” os olhos, pois, Ele não quer ver. Encher a casa de enfeites e presentes é fácil demais, a verdade é que, precisamos ter a sensibilidade para saber onde Jesus está sofrendo e nascendo. Jesus está sofrendo em quem passa fome, nos que passam necessidade e precisa do cuidado não só espiritual, mas o humano e verdadeiro do nosso coração.
Sejamos sensíveis ao sofrimento do outro: o espiritual, psíquico, psicológico; enfim, ao sofrimento de quem passa por qualquer necessidade.
Deus abençoe você!