06 May 2022

Reveja o seu amor pela Eucaristia

“Naquele tempo, os judeus discutiam entre si, dizendo: ‘Como é que ele pode dar a sua carne a comer?’. Então Jesus disse: ‘Em verdade, em verdade vos digo, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue, verdadeira bebida’” (João 6,52-55).

Meus irmãos, o convite que Jesus faz, a oferta de Cristo não é um convite ao canibalismo. Canibalismo, você entende muito bem que é comer carne humana. Para os judeus, soava bastante estranho essa oferta de Jesus do seu corpo, do seu sangue e da sua carne. Para eles, era bastante difícil compreender isso. Mas eles se espantavam pela realeza, pela realidade, pela definição que Jesus acabou dando sobre esse mistério de união d’Ele com cada um de nós.

Era um convite, na verdade, para aceitar a vida de Cristo, não era fisicamente comer a sua carne ou beber o seu sangue, mas era para entrar numa dimensão muito mais profunda, era para acolher a vida de Cristo. Uma vez que Ele está se referindo à sua carne e ao seu sangue, Jesus está dizendo: “Recebam a minha vida. Recebam profundamente aquilo que sou no coração e na alma de vocês”.

Aqui, entra também uma coisa interessante, que é um conceito aristotélico, mas que depois também foi refeito e feita uma releitura por parte de São Tomás de Aquino, que é o conceito de substância e acidente.

É um convite para cada um de nós rever o nosso amor pela Eucaristia, o cuidado que temos com esse grande tesouro na vida da nossa Igreja

Substância é a coisa na sua realidade mais profunda, o acidente já é a parte externa. Por isso que, quando nós falamos da Eucaristia, esses dois conceitos são muito aplicados, porque, na Eucaristia, a substância é Jesus, embora o símbolo externo seja pão e seja vinho. Vemos pão e vinho, a matéria do pão e do vinho, mas a substância é Jesus. Por isso que, na Doutrina Católica, dizemos que, naquele momento, acontece o milagre da transubstanciação, e não a transmaterialização. Jesus está presente, não comemos nem bebemos de uma forma simbólica, mas realmente comemos e bebemos a carne de Cristo, o sangue de Cristo. É Jesus que está presente, como eu disse: embora na aparência frágil do pão e do vinho.

Porque é assim, Jesus também se apoia na nossa vida frágil, na nossa vida limitada, assim como Ele escolheu a realidade frágil de se apoiar na matéria do pão e do vinho, Ele também se apoia no meu e no seu coração.

Então, hoje, ao meditarmos esse Evangelho, é um convite para cada um de nós rever o nosso amor pela Eucaristia, o cuidado que temos com esse grande tesouro na vida da nossa Igreja, que é a presença perene de Jesus todos os dias vivo na Eucaristia, para ofertar a cada um de nós o dom da sua vida, o dom do seu ser.

Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Pai das Misericórdias

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