Não façamos pouco-caso de Deus, das Suas coisas e da Sua Palavra, não tratemos as coisas d’Ele com indiferença nem com frieza
“Então agarraram o filho, o mataram, e o jogaram fora da vinha” (Marcos 12, 8).
Reiniciando o Tempo Comum, a Palavra de Deus nos remete novamente ao estudo do Evangelho de Marcos. Que beleza todos os fatos que Marcos narra a respeito da vida de Jesus! Essa parábola que nos é contada, no dia de hoje, eu poderia resumi-la por: a parábola do desprezo ou a parábola da rejeição.
Eles – sumos sacerdotes, mestres da Lei e anciãos – rejeitaram os profetas, os enviados de Deus, receberam-nos de uma forma fria e indiferente; depois, expulsaram-nos, não os acolheram no seu coração. Eu não quero usar o verbo somente no passado, eu preciso trazê-lo para o presente.
Ainda hoje, a Palavra de Deus é rejeitada, não é acolhida, mas sim desprezada, maltratada, jogada fora, tratada com descaso, de qualquer jeito. Nem vou mencionar aqueles que tratam a Palavra de Deus com zombaria, usam dela para fazer piadas! Nem quero entrar nesse mérito, porque isso é mais doloroso e grave ainda. É, de fato, uma temeridade, uma blasfêmia e um atentado contra a verdade.
Centrando-me naquilo que o Evangelho está nos dizendo hoje, eu só posso dizer: não façamos pouco-caso de Deus, das Suas coisas e da Sua Palavra, não tratemos as coisas d’Ele com indiferença nem frieza. Não tratemos as coisas de Deus só de acordo com as nossas necessidades, porque o mais duro que pode acontecer, e acontece, é de rejeitarmos as coisas d’Ele.
Deus continua sendo rejeitado por aqueles que vêm e falam em Seu nome, mas Ele continua não sendo amado nem acolhido. Quando Sua Palavra não é aceita nem acolhida, vivemos num mundo cuja direção se chama indiferença. Há uma verdadeira indiferença religiosa, e isso acontece em nossas famílias, em nossas casas, com os nossos filhos. Precisamos quebrar o gelo da indiferença, porque o indiferente é tão duro quanto alguém que rejeita. Pode ser que eu não jogue pedra, que eu não faça como eles fizeram, mas o fato é que eu não ligo, não dou atenção nem me abro para a graça de Deus.
Eu posso estar na igreja rezando, de joelhos, mas a minha mente não está em Deus. Existem outros elementos que estão roubando o tempo e o lugar do Senhor, a honra e a glória d’Ele do nosso coração. Olhemos quem está ocupando o lugar que pertence a Deus em nossa vida, na vida das pessoas de nossa casa e da nossa família. É belo entrarmos numa casa e encontrarmos nela os sinais sagrados: há Nossa Senhora e os santos; e estes não são enfeites, mas sinais da graça de Deus.
Muitas vezes, nem o sinal da graça levamos mais em nossa casa, em nossa vida! Muitas vezes, não temos mais tempo para rezar, pois a casa tem tantas coisas como computador, televisão… Em outras, no entanto, não há nada, mas a simplicidade do coração acontece.
Que lugar Deus ocupa em nossa casa e em nossa vida? Que seja Ele sempre o primeiro!
Deus abençoe você!