Após a partilha do pão, Jesus, num discurso, descreve-se como sendo o Pão que dá a vida eterna: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede”. Aqui, vemos uma expressa declaração de Jesus do que realmente Ele é para nós, diferente do maná que os nossos pais no deserto comeram e morreram.
Jesus revela-se como dom do Pai, ou melhor, como Pão do Pai: «É o meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do Céu, pois o pão de Deus é aquele que veio do Céu e dá vida aos homens», vimos em Jo 6,32-33.
Portanto, Jesus define a si próprio como Pão da Vida, o qual é necessário comer mediante a fé: «Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não mais terá fome e quem crê em mim jamais terá sede» (Jo 6,35). Ele reafirma, com insistência, a sua identidade como Pão da Vida oferecido para ser comido; não obstante, a murmuração dos judeus perante as Suas palavras.
Jesus afirma: «Eu sou o Pão que desceu do Céu» (Jo 6,41) e também revela o significado desta expressão quando explicita o que Ele é: «Eu sou o Pão que dá vida… Este é o Pão que desceu do céu; se alguém comer dele, não morrerá. Eu sou o Pão Vivo, o que desceu do céu».
A vontade do Pai, ao enviar o Filho, é que quem vê o Filho – Suas palavras e ações – e n’Ele crê, seguindo Seus passos, tem a vida eterna.
Para nós cristãos comer o pão do céu significa assimilar o Seu amor e Seu exemplo de serviço, de partilha e dom da vida. Acolhamos e comamos, pois, deste Pão do céu para que venhamos a ressuscitar no último dia para a vida eterna.
Pai, transforma-me em discípulo autêntico de Seu Filho Jesus para que possa enxergar, receber e me transformar n’Aquele que recebo em comunhão e, assim, experimente já o céu aqui na terra.
Padre Bantu Mendonça