20 Nov 2021

Pela fé, tocamos na graça de Deus

“Aproximaram-se de Jesus alguns saduceus, que negam a ressurreição” (Lucas 20,27).

É importante dizer que os saduceus eram um grupo religioso até considerável, de expressão, de vivência de fé, mas que tinha uma confusão tremenda em relação à fé. Porque, movidos por convicções, e muitas delas racionais, eles não acreditavam na ressurreição. Acreditavam que a manifestação de Deus era aqui na vida presente.

Muitas pessoas creem em Deus, mas não têm convicção do que é a vida futura, e quando digo a “vida futura” é a vida eterna, sobretudo, se somos movidos apenas por convicções racionais. A razão é importante, é dom de Deus, mas para além da razão somos movidos pela fé, porque sem ela nós também não nos relacionamos com Deus, sem fé não temos comunhão plena com Ele. É pela fé que tocamos nas coisas futuras, na vida futura, na vida bem-aventurada que o Senhor nos preparou.

Precisamos ser sempre mais convictos para não vivermos nossa fé de forma enganosa nem sermos iludidos e enganados

Não é para vivermos aéreos ou termos uma visão fantasiosa. A vida eterna é algo real e concreto. “Eu creio na vida eterna”, é assim que professamos. Agora, nós temos que ter cuidado para não sermos estragados pela visão materialista dos tempos em que vivemos, quando cremos apenas nas coisas que vemos, cremos apenas no trabalho material para cuidar das coisas materiais, e quando me refiro a isso, refiro-me à própria materialidade do corpo. Porque com a morte o corpo se decompõe, por isso que, para alguns, a morte é uma tragédia, é uma desgraça, é o fim. Mas nós cremos na ressurreição.

É preciso ter clareza sobre isso, porque, mesmo no meio de nós, vivendo entre nós — acolhemos todos, pois o amor é o mandamento máximo – há quem semeie, quem pregue, há quem dissemine elementos contrários à ressurreição.

Tenho todo respeito a outras crenças religiosas, mas não posso crer em Jesus e crer na reencarnação. Nossos irmãos espíritas têm seus valores, mas é preciso dizer que é um tremendo engano na fundamentação que fazem a respeito da reencarnação. Primeiro, para nós que cremos em Jesus, não é o Evangelho segundo Allan Kardec, nem segundo a mais ninguém; o Evangelho é de Jesus e segundo os quatro evangelistas: Mateus, Marcos, Lucas e João, e ponto final.

Poderia enumerar tantas outras, mas não estou aqui de forma alguma para fazer apologia com nenhuma religião, estou aqui para afirmar a nossa convicção na ressurreição, e precisamos ser sempre mais convictos para não vivermos nossa fé de forma enganosa nem sermos iludidos e enganados por nada de bonito que nos tragam, mas que não corresponde à nossa fé.

Deus abençoe você!

Pai das Misericórdias

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