“O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas” (Mateus 13,31-32).
Quando Jesus compara o Reino dos Céus como uma semente de mostarda é preciso enfatizar aquilo que é uma semente de mostarda. Você pega a sementinha dela, coloca na palma da mão e ela se perde de tão pequena.
Sabemos que tudo que é pequeno, muitas vezes, é uma coisa insignificante, que não tem valor e importância. Esse é o maior erro que cometemos na vida: não saber dar valor e importância ao que é pequeno. Porque é só o pequeno, o amado, o cuidado e valorizado que se torna grande e uma coisa valiosa. A vida humana começa como um grão, um embrião no ventre de uma mãe, e alguns querem dizer que esse embrião não significa nada quando, na verdade, significa tudo porque toda a vida humana está ali.
Você quer que uma pessoa cresça na bênção? Cuide dela como um embrião, cuide dela no ventre de sua mãe. Eu sempre digo: “Mães, orem pelos seus filhos desde o primeiro momento do início da gravidez”.
Achamos que para educar um filho tem de esperar ele crescer, pelo contrário, o momento principal, o cuidado fundamental é logo no início para que essa semente realmente cresça, para que ele depois se torne o homem e a mulher que foi cuidada no ventre quando era pequena, e assim vai crescendo.
É só o pequeno, o amado, o cuidado e valorizado que se torna grande e uma coisa valiosa
Vivemos num mundo de grandezas, dos sentimentos grandes, de nos tornarmos importantes e maiores, e estamos desprezando o cuidado das coisas pequenas. Como um pai e uma mãe não pode abrir mão de detalhes fundamentais na educação dos seus filhos; desde um pedido de atenção que uma criança faz, desde a tarefa escolar que está ali, desde um sentimento que desperta na sua alma, tudo, a começar pelas coisas mais pequenas tem um valor eterno de cuidado e importância.
A vida acontece nas pequenas coisas que realizamos, sei que há um engrandecimento dos grandes gestos, e assim por diante. Madre Teresa de Calcutá não se tornou a grande Madre Teresa, porque só conhecemos depois a grande obra que ela realizou, ela se dedicava intensamente às coisas mínimas, desde lavar um prato com as irmãs à tantas outras coisas.
Não nos foquemos em coisas que podem chamar a atenção de muitos, nos foquemos no cotidiano da nossa vida, na paciência que estamos perdendo com quem convive conosco, nos pequenos gestos de cumprimentar, de dizer “bom dia” ou “boa tarde”.
O Reino dos Céus só se torna a árvore grande quando é vivido no cotidiano, na simplicidade e nas pequenas coisas. Que saibamos, de todo o nosso coração, ser essa semente de mostarda, semeando no campo dos pequenos gestos porque é isso que torna grande a presença do Reino de Deus no meio de nós.
Deus abençoe você!