11 Nov 2020

O Mestre Jesus tem compaixão de nós

“Quando estava para entrar num povoado, dez leprosos vieram a seu encontro. Pararam à distância e gritaram: ‘Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!’” (Lucas 17,12-13).

Fico olhando para esses dez leprosos e, com certeza, sou um deles. Com certeza, se você prestar atenção, deveríamos ser um deles, porque os dez foram ao encontro, mas eram tantos outros leprosos.

Se olharmos, temos tantas impurezas em nós! Lepra não é pecado, é uma condição, sobretudo, naquela época quando não havia tratamento nem cura para a lepra. Hoje, graças a Deus, a hanseníase tem um tratamento.

Imagine a situação do leproso: ele era tido como impuro, ele vivia marginalizado. Agora, temos as nossas impurezas que não são poucas, são muitas, que estão dentro de nós, nos pensamentos, nos sentimentos e nas intenções. São as maldades que, muitas vezes, acumulamos ao longo da vida.

Sabemos que tomamos banho, mas não ficamos tão limpos, porque, às vezes, tomamos um banho superficial. Não pegamos aquela bucha para passar mesmo, para realmente tirar aquela coisa que ficou na pele; por dentro de nós precisamos cada dia mais nos limpar.

Só posso recorrer a Jesus, o Mestre, para que Ele tenha compaixão de mim, como você também deve recorrer a Ele

Se assim é com o corpo, com a alma, com o coração, com os afetos, com a mente que vai acumulando tantas coisas, que fica olhando para o nosso próprio inconsciente. Quantos dramas guardados, situações mal resolvidas que o próprio consciente foi jogando para lá. Muitas vezes, não jogamos fora o lixo da casa, guardamos uma coisa aqui e acolá. Imagina dentro de nós quantas coisas nós guardamos!

Estamos aí pesados, sobrecarregados, tendo devaneios, fantasias, insônias, muitas vezes, pesadelos, sonhos mal sonhados, porque temos muitas coisas impuras, velhas, sujas, estragadas e mal resolvidas dentro de nós.

Só posso recorrer a Jesus, o Mestre, para que Ele tenha compaixão de mim, como você também deve recorrer a Jesus, o Mestre: “Tenha compaixão”. E Jesus, na Sua imensa compaixão, lavou, purificou e renovou os dez. Porém, já se sujaram porque a ingratidão é um mal que, muitas vezes, não sai do coração humano, porque dos dez apenas um voltou glorificando a Deus em alta voz, bendizendo e agradecendo.

Muitas vezes, experimentamos a presença de Deus, mas não experimentamos a gratidão do coração. Sejamos leprosos que buscam em Deus a cura, a purificação de cada dia, mas, sobretudo, que Deus nos dê um coração grato para reconhecer o Seu amor e a Sua bondade.

Deus abençoe você!

Pai das Misericórdias

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