18 Apr 2015

O Espírito Santo suscita em nós a prática da caridade

O Espírito Santo suscita em nós a prática da caridade! Não podemos de jeito nenhum deixar de lado o serviço da caridade, sobretudo, o cuidado aos mais pobres!

Não está certo que nós deixemos a pregação da Palavra de Deus para servir às mesas” (At 6, 2).

Os apóstolos se dedicavam cada vez mais, com entusiasmo e com coragem, a pregar o Evangelho de Cristo e fazer o nome de Jesus ser conhecido e amado. Mas é óbvio que não basta só pregar o Evangelho, ele precisa ser acompanhado das obras de cuidado e de atenção com os mais sofridos e mais necessitados. A Igreja primitiva era movida por esse ideal e essa convicção, o anúncio querigmático era seguido da caridade, do cuidado e do serviço aos mais pobres.

Neste contexto, alguns fiéis de origem hebraica reclamavam que os fiéis de origem grega tinham suas viúvas deixadas de lado no atendimento e no cuidado diário, e aquilo inquietou e preocupou os apóstolos. É como se dissessem: “Nossa, não podemos deixar de cuidar das viúvas, das necessitadas e necessitados, mas também não podemos deixar de pregar o Evangelho para ficar por conta de servir às mesas, de cuidar das necessidades materiais. São tarefas que podem ser divididas e compartilhadas” (cf. At 6, 2- 4).

Nós fazemos o Evangelho ser pregado e outros ajudam esse mesmo Evangelho a ser vivido cuidando dos mais pobres e dos mais necessitados! Aqueles que pregam o Evangelho precisam ser cheios do Espírito Santo, mas quem cuida dos pobres, dá assistência aos mais necessitados e cuida de nossas viúvas e de nossos órfãos também precisa estar repleto do Espírito Santo de Deus.

O Evangelho pregado, assistido e cuidado exige a mesma unção do Espírito. É por isso que, para esses ministérios, são escolhidos homens repletos do Espírito Santo e da sabedoria divina para que não façam somente um serviço de filantropia e de cuidado com o próximo, para que o cuidado com o outro seja um serviço evangélico, seja realmente feito na caridade cristã e na unção do Espírito de Deus.

Por isso que, após um longo discernimento feito pela oração fervorosa e pelo dom da sabedoria, esses homens são escolhidos e vão então cuidar da necessidade dos mais pobres. E a Palavra de Deus continua a ser anunciada, continua a ser pregada e se espalha cada vez mais.

Deixe-me dizer a você: nós precisamos pregar o Evangelho, anunciá-lo, falar em nome de Jesus, pregar o Seu nome e anunciá-Lo para o coração dos homens. No entanto, não podemos de jeito nenhum deixar de lado o serviço da caridade, sobretudo, o cuidado aos mais pobres!

Que Deus suscite no meio de nós sempre homens e mulheres dispostos a anunciar com a vida o Evangelho de Cristo, e suscite também no meio de nós homens e mulheres repletos do Espírito Santo para que continuem a cuidar dos nossos pobres.

Deus abençoe você!

Pai das Misericórdias

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