Peçamos ao Senhor que purifique o nosso coração para que não nos rendamos ao “deus” deste mundo
“‘Que me dareis se vos entregar Jesus?’ Combinaram, então, trinta moedas de prata. E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus” (Mateus 26,15-16).
Hoje, queremos entrar no coração de Judas, talvez você possa achar estranho e pergunte: “Como vou entrar no coração de um traidor?”. Porém, é só entrando no coração de Judas que vamos entender as fraquezas do nosso coração. No coração de Judas entrou um princípio de iniquidade.
Jesus nos diz no Evangelho: “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16,13). Judas servia a Deus, mas, queria também servir ao dinheiro. E quando o amor ao dinheiro entra no nosso coração, ele o governa.
Ninguém consegue servir a Deus e ao dinheiro, tenhamos isso como princípio de vida. Seremos pessoas infelizes, inquietas, perturbadas, porque o dinheiro causa inquietação. O dinheiro é o “deus” deste mundo, as pessoas se compram, se vendem e se corrompem, porque o “deus dinheiro” manda neste mundo.
Não se trata de desprezar dinheiro, jogá-lo fora, trata-se de colocá-lo no seu lugar. O dinheiro não pode estar na nossa cabeça e nem no nosso coração, ele tem que estar em nossas mãos; e com a cabeça ordenada, saberemos fazer o bom uso dele. Não podemos deixar que o nosso coração se venda.
Judas se vendeu ao deus dinheiro, amou tanto o dinheiro que deixou seu Mestre de lado, por causa de trinta moedas de prata. É uma grande quantia, mas aqui não importa a quantidade, pelo contrário, importa ver como estamos nos vendendo e comprando uns aos outros.
Estamos transformando as nossas relações em “relações comerciais”, as relações humanas parecem relação de mercadorias. As pessoas são valorizadas, até em nossas Igrejas e comunidades, quando elas têm muito, quando podem muito; elas têm lugar de apreço, mandam e comandam.
As nossas amizades e muitas coisas que fazemos são movidas por causa do dinheiro. Esperamos retribuição financeira daquilo que realizamos, seduzimos e somos seduzidos pelo dinheiro ou por quem o tem, por quem o detém.
A sede de poder é a sede de ganhar mais, é a ganância do ter, do possuir. Há o extremo de alguns possuírem dinheiro, que nem sabem o que fazer com tanto; e o outro extremo daqueles que morrem na indigência, porque o dinheiro não pode ser dividido, não pode causar um bem que seja para todos.
Judas entregou-se ao deus dinheiro; abandonou e traiu Jesus Nosso Senhor e Salvador.
Peçamos, ao Senhor Nosso Deus, que purifique o nosso coração, nossa alma e nossa vontade para não nos rendermos ao deus deste mundo que se chama: dinheiro.
Deus abençoe você!