29 Jun 2015

O apego aos bens nos afasta do eterno de Deus

O apego excessivo aos bens materiais e às pessoas nos afasta do eterno de Deus. É preciso ser livre para servir a Deus e aos irmãos e para amar e nos dedicar a uma causa e a uma missão.

“As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mateus 8, 20).

A Palavra de Jesus nos mostra qual é a condição que precisamos ter para segui-Lo. A condição essencial para que vivamos a Palavra de Deus em nossa vida é a liberdade! E liberdade não é fazer o que queremos e o que nos dá na cabeça. Liberdade é não ser preso a nada nem a ninguém para que possamos nos tornar presos somente a Jesus Cristo e nos colocar à disposição do Seu Evangelho.

Todos nós queremos segurança e precisamos de segurança. Queremos nossa casa pronta, e mesmo quem tem uma casa nunca está satisfeito com a que tem; esta tem que ser melhorada, aumentada e cada vez maior e mais cheia de detalhes. Em proporção com aqueles que, muitas vezes, não têm nem onde morar, isso é um descalabro.

O Filho do Homem se une àqueles que nada têm ao lembrar que até as raposas têm tocas para viver e as aves do céu têm ninhos, mas Ele não tem onde reclinar a cabeça, dorme aqui e acolá. Ele é livre para anuciar o Evangelho.

Ao passo que muitos estão tão presos aos seus que não podem fazer mais nada, porque precisam cuidar para sempre de seus parentes. Precisam de cuidar de um e de outro e nunca encontram liberdade para encontrar a própria realização pessoal. Por isso Jesus diz: “Deixe que os mortos enterrem os mortos!” (Mt 8, 22). Ou seja, é como se Ele dissesse: “Deixe que quem vive para este mundo cuide das coisas deste mundo”.

Portanto, quem quer segui-Lo deve estar livre para Ele. No entanto, duas coisas correlatas são importantes e devem ser ditas. A primeira coisa: nós não podemos ser irresponsáveis e não cuidar dos bens nem prover os bens necessários para nossa vida e nossa subsistência. Devemos trabalhar, economizar e planejar, mas isso não pode nos tornar reféns do dinheiro, da posse e das preocupações com os bens materiais. A segunda coisa importante a ser dita: nós temos que ser solícitos com os nossos entes queridos: os pais com seus filhos, os filhos com seus pais idosos, bem como parentes que podem cuidar uns dos outros.

No entanto, cuidado, solicitude e amor não nos podem deixar num apego excessivo, de modo que não tenhamos liberdade nem de cuidar da nossa vida nem de servir a Deus, porque temos sempre de nos preocupar com os outros.

Abençoadas sejam as mãos que têm de cuidar dos enfermos, do filho cuja condição de saúde exige muito mais cuidado e de pessoas com deficiência ou que exigem dedicação mais integral! Deus é sua luz, seu sustento e sua graça! Contudo, nós não podemos ter um excessivo apego a nada nem a ninguém, porque senão a graça de Deus passa entre nós e não a acalentamos, não nos dedicamos a ela, nem a abraçamos em nossa vida.

O Evangelho nos faz livres para servir, amar e nos dedicar a uma causa e a uma missão desde que não nos apeguemos a nada como se fosse eterno, porque o único eterno é Deus!

Deus abençoe você!

Pai das Misericórdias

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