08 Mar 2022

Faça uma nova experiência com a oração do Pai-Nosso

“Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: ‘Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais’” (Mateus 6,7-8).

Meus irmãos, estamos na vivência deste tempo quaresmal. E, hoje, como tema principal da Liturgia, temos: a oração. Que coisa preciosa é a oração na nossa vida! A oração é o ato mais humano que nós temos e também pode ser o ato mais desumano que nós podemos experimentar. Quando a oração é falsificada, quando a oração toca o fingimento, quando a oração é alienante ou ela é desencarnada. Por isso, Jesus ensinou aos Seus discípulos e deu muita atenção à oração e quer também nos ensinar a importância desse ato humano porque a oração é o diálogo com o Pai.

A palavra “diálogo” tem dois termos do grego: “dia” e “logos”, quer dizer: é a conversa, é o colóquio entre duas pessoas. Então, nesse diálogo nosso com o Pai acontece a oração. A oração é estar diante (totalmente) do outro, que é Deus; a oração não é estar diante de uma coisa, podemos fazer uma meditação diante de uma árvore, podemos fazer uma oração bem “zen”, podemos utilizar as coisas da natureza, mas isso não seria oração, isso poderia ser um repouso para a mente e para o corpo, mas oração não! A oração é estar diante de uma pessoa, é estar diante de alguém, é fazer o nosso diálogo diante de Deus, falar com Ele e escutá-Lo porque é importante.

Saboreie cada uma das invocações, cada palavra do Pai-Nosso porque ali é diálogo com Deus

A oração não é uma forma de bem-estar para nós, seria muito cômodo porque, muitas vezes, no diálogo, o outro vai dizer coisas para nós que, talvez, nos incomode, por isso, a oração também é desafiadora porque temos que estar dispostos a ouvir de Deus ordens e coisas que, no momento, não nos agrade. Então, a oração não tem nada a ver com bem-estar, a oração é estar diante de uma pessoa.

Eu posso e devo me perguntar: “Quando eu rezo, estou diante de quem?”, “Estou diante de mim mesmo?”, “Estou diante das minhas preocupações?”, “Estou diante das minhas distrações?”. Por isso, Jesus recomenda no Evangelho: “Não façais como os pagãos”. Por que? Porque os pagãos, você sabe uma pessoa pagã é quem não conhece a Deus, e por não conhecerem a Deus, queriam na oração dobrar a Deus, convencê-Lo de alguma coisa. Mas nós não precisamos porque sabemos que Deus é Pai, e se Ele é Pai, terá sempre o melhor para nós, mesmo que, talvez, naquele momento, a resposta não seja a que nós pretendemos ou esperamos.

Então, eu e você não rezamos como os pagãos, porque não queremos convencer Deus a nada, sabemos que Deus é nosso Pai e Ele cuida de nós. Então, hoje, faça uma experiência totalmente nova com a oração do Pai-Nosso, reze em família essa oração que o Senhor mesmo nos ensinou, saboreie cada uma das invocações, cada palavra do Pai-Nosso, porque ali é diálogo com Deus, é diálogo com o nosso Pai.

Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Pai das Misericórdias

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