É o tempo de repararmos nossa vida, de corrigirmos nossas atitudes
“Eu porém vos digo: Todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão: ‘Patife!’ será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de ‘tolo’ será condenado ao fogo do inferno” (Mateus 5,22).
As palavras de Jesus podem parecer muito duras, mas são reais, um verdadeiro corretor na forma como lidamos com o nosso próximo. Desculpe-me, mas nos acostumamos ou achamos normal desprezar, menosprezar o outro, tratarmos as pessoas de qualquer jeito, usamos palavras baixas para nos referirmos ao nosso próximo, seja na presença ou ausência dele.
Eu nunca chamaria Jesus de tolo, de patife ou outros nomes feios que usamos por aí. Agora, se o meu irmão, eu gostando ou não dele, é imagem de Deus para mim, com que direito eu uso palavras pesadas, torpes para me dirigir ao próximo?
O Evangelho é muito duro: “Quem chamar o irmão de tolo será condenado ao fogo do inferno”. Desculpe-me, mas “tolo” é até uma palavra doce perto de outras palavras duras e pesadas que usamos para nos referirmos ao nosso próximo.
As palavras têm poder e vêm daquilo que está dentro do nosso coração, por isso estamos vivendo este tempo de graça! Precisamos rever a forma como tratamos uns aos outros, a começar pela nossa própria casa. Pai e mãe, olhem as palavras que vocês usam para se referirem a seus filhos! Jamais usem qualquer palavra pejorativa, pesada, para se referirem a qualquer um de seus filhos. Marido e mulher, por favor, em nome da graça de Deus que está em vocês, nunca usem palavras pesadas para se referirem ao outro. É preferível que você passe alguma coisa na sua boca, um sabão que seja, mas não use palavras de maldição para se referir aos outros. Filhos, cuidado com as palavras pesadas que vocês usam para se referirem ao seu pai e sua mãe.
Muitas palavras, mesmo que sejam ditas em tom de brincadeira, não podem jamais serem ditas. Vou me referir aos outros ambientes das relações humanas onde, infelizmente, reina, no meio de nós, hoje, o espírito de ridicularizar os outros. Esse espírito de ridicularização dos outros se torna uma coisa muito grave, ofensiva à dignidade e a natureza humana.
É muito bom brincar, tirar sarro. Nossa, adoro brincar, e como faz bem! Mas cuidemos das palavras ofensivas e duras que saem de nossa boca, com os apelidos que colocamos uns nos outros, com aqueles termos que, daqui a pouco, se tornam uma placa que caracteriza aquela pessoa.
Pensemos muito bem antes de colocarmos rótulos em qualquer pessoa, estamos sendo injustos, estamos colocando a pessoa naquela condição, porque usamos sempre palavras duras e erradas para nos referirmos a ela. De tanto chamar a pessoa de preguiçosa, para não dizer outras expressões que usam por aí, aquela pessoa assumiu para si que é um eterno preguiçoso, e isso vale para tantas outras situações da vida.
O nosso Mestre Jesus está nos dizendo que seremos julgados pela forma como nos referimos aos outros. Repare! É o tempo de repararmos nossa vida, de corrigirmos as nossas atitudes.
Para não nos expandirmos tanto, vamos ser muito concretos hoje: preciso, na presença de Jesus, reparar, corrigir e rever a forma como me direciono à pessoa do outro; eu preciso ser, realmente, penitente nesta prática. Não vou mais usar palavras pesadas, pejorativas em relação ao meu próximo; vou conter minha raiva, meu ressentimento na presença e, sobretudo, na ausência dele, vou ter muito “freio” em minha boca para me referir ao meu próximo. Essa é a espiritualidade da vigilância que Jesus nos chama a viver no dia de hoje!
Deus abençoe você!