A morte de alguém não pode ser causa de desespero para nós, mas de confiança, porque Deus é a recompensa dos justos.
“A vida dos justos está nas mãos de Deus e nenhum tormento os atingirá” (Sb 3,1).
Meus queridos irmãos e irmãs, neste mês de novembro, queremos recordar nossos irmãos que já partiram para a eternidade. Ao mesmo tempo, recordar à nossa alma, ao nosso coração, à nossa inteligência que este é também o destino que espera todos nós.
Para não desanimarmos, para não acreditarmos na tendência materialista de que tudo se encerra neste mundo e para alimentarmos a nossa fé com as sementes da eternidade, temos o consolo, a esperança e a convicção daquilo que Deus preparou para aqueles que morreram n’Ele e esperaram em Sua Palavra.
A primeira leitura da Missa de hoje, no Livro da Sabedoria, diz-nos que pela inveja do diabo a morte entrou no mundo. A morte não vem de Deus, mas daquele que se colocou contra Ele. A causa primeira da morte é a inveja do maligno, pois este quis ser igual ao Senhor, por isso rebelou-se contra Ele e tentou aqueles que eram do Pai para que não vivessem a vida n’Ele.
Só não conhece a vida plena aquele que se afasta do Senhor, que ouve a voz do maligno e segue seus caminhos. A Palavra também nos diz que a vida de todo aquele que é justo está nas mãos de Deus e nenhum tormento pode atingi-lo. Ainda que a sua saída deste mundo possa ter sido considerada uma desgraça, ainda que sua partida seja causa de tristeza, a Palavra diz que aqueles que morrem no Senhor estão na paz.
Queria aproveitar esta oportunidade para dizer que nós temos de ter cuidado com uma mentalidade errada, movida pela reencarnação, a qual é totalmente contrária à nossa fé. Meus irmãos, os mortos não se comunicam conosco, eles não nos mandam mensagens, não mandam dizer que estão bem ou mal, não há comunicação direta de voz entre quem já morreu e nós que estamos aqui.
Aqueles que estão em Deus experimentam uma paz profunda, a alegria plena da ressurreição que o Senhor nos trouxe e não se compara a qualquer dor ou tristeza que tenha ficado em nosso coração.
Meus irmãos, será que o Deus da vida não terá deixado preparado, feito o melhor que Ele tinha no Seu coração para aqueles que morreram n’Ele? Se aqui na Terra nós já experimentamos, ainda que em primícias, aquilo que é a vida no Senhor, imagine quem já morreu e está plenamente em Deus. A morte de alguém não pode ser causa de desespero para nós, mas de confiança, porque Ele é a recompensa dos justos.
Deus abençoe você!