19 Mar 2023

Deixe a luz de Deus brilhar sobre a sua vida!

“Naquele tempo: ao passar, Jesus viu um homem cego de nascença. Os discípulos perguntaram a Jesus: ‘Mestre, quem pecou para que nascesse cego: ele ou os seus pais?’. Jesus respondeu: ‘Nem ele nem seus pais pecaram, mas isso serve para que as obras de Deus se manifestem nele’. Dito isto, Jesus cuspiu no chão, fez lama com a saliva e colocou-a sobre os olhos do cego. E disse-lhe: ‘Vai lavar-te na piscina de Siloé’. O cego foi, lavou-se e voltou enxergando.” (João 9, 1-3; 6-8)

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Meus irmãos e minhas irmãs, nós estamos, hoje, no quarto domingo da Quaresma. E o Evangelho desta liturgia apresenta-nos este cego de nascença — “genetes” —, essa condição é simbólica no Evangelho de São João. A experiência desta cura que Jesus realiza tem um significado muito forte porque ela nos remete à condição de cada ser humano sem Deus.

Deus criou a luz muito mesmo antes de criar o ser humano — você sabe que, no livro do Gênesis, está narrada a criação de Deus, e a luz foi criada antes de nós —, o ser humano era capaz de ver a luz, mas, por causa da escolha das trevas, porque escolheu o pecado, o homem perdeu a capacidade de enxergar. 

Nós estávamos perdidos, incapazes de ver, por causa dos nossos pecados, e a luz de Deus brilhou sobre nós

É este o simbolismo deste cego de nascença: nós estávamos perdidos, incapazes de ver, por causa dos nossos pecados, e a luz de Deus brilhou sobre nós. O homem foi criado em estado de harmonia plena, dotado daquilo que nós chamamos, na teologia, de dons preternaturais. Os dons preternaturais eram da imortalidade, da integridade ou da imunidade de concupiscência; a impassibilidade ou ausência de sofrimento e a ciência moral. Nós somos criados com todos esses dons, mas, por causa do pecado, nós os perdemos. 

A primeira coisa que o cego diz quando lhe perguntam sobre a sua cura é “sou eu”, ele reafirma a sua identidade, e essa afirmação apenas Jesus faz no Evangelho: “Eu sou”; só Jesus diz essa afirmação. E aqui nós vemos que o novo Adão, que é Cristo, faz desse Adão decaído retornar à sua originalidade, é um evento de criação a cura deste cego, é ouvir de novo “Fiat Lux”— faça-se a luz —, nós podemos ver a luz de Deus brilhando diante dos nossos olhos. Homem e mulher encontram-se a si mesmos, graças à luz de Deus, não são as ideologias que explicam o ser humano, mas é o Criador e a Sua luz admirável. 

Chamados por Deus, nós temos um nome; iluminados por Ele, nós temos um rosto, nós podemos viver a nossa identidade; e, abraçados pela sua misericórdia, nós podemos permanecer de pé. Somos os amados de nascença, não só o cego de nascença, mas os amados de nascença, antes que nossos pais nos tenham desejado, nós já fomos amados desde a nossa concepção. Ninguém paga a culpa de ninguém, ninguém recebe castigo pelo erro de ninguém. 

Todos nós somos amados, e essa verdade nos basta! Você pode até ir atrás da sua árvore genealógica para descobrir todas as realidades que fazem parte dos seus antepassados, mas, atenção, não dê poder para quem está morto, mas quem tem poder sobre a sua vida é o Cristo Jesus e Ele está vivo no meio de nós; Ele nos ama e nos quer perto d’Ele. 

Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Pai das Misericórdias

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