Queremos nos voltar para Cristo e referenciar as Suas Chagas, adorar a Sua Paixão e encontrar n’Ele as dores de toda a humanidade
“A verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores; e nós pensávamos fosse um chagado, golpeado por Deus e humilhado!” (Is 52,4).
Na Sexta-feira da Paixão de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, contemplamos o servo sofredor, porque Ele está sofrendo na carne todas as humilhações que a pessoa humana sofre. Cristo está carregando sobre si as nossas dores e enfermidades. Queremos nos voltar para Cristo e referenciar as Suas Chagas, adorar a Sua Paixão e encontrar n’Ele as dores, as chagas e a paixão de toda a humanidade.
O Cristo sofre por nós e junto de nós. Ele sofre pelos sofredores e com os sofredores. Nenhum sofrimento humano é desprezível ou perdido quando é sofrido em Deus.
A Paixão de Cristo é a paixão do mundo, não são as paixões humanas e mundanas, pelo contrário, é a paixão de um Deus apaixonado que leva em si todo o Seu amor pela humanidade sofrida, que paga um preço alto pelos nossos pecados, e Ele mesmo faz questão de carregar sobre Si as dores de todos.
Na lei judaica, lei antiga para a reparação e a expiação dos pecados, imolava-se o cordeiro e ele era oferecido em sacrifício aos pecados. Hoje, o único cordeiro que é imolado e sacrificado por causa dos nossos pecados é o Cordeiro Jesus, porque Ele é o único Cordeiro que pode tirar os pecados do mundo, pode tirar o pecado da nossa vida e, por isso, nos voltamos para Ele, para louvá-Lo, para rendermos todo o amor do nosso coração, toda adoração que Ele merece.
Quando formos na Igreja, hoje, para adorarmos a Cruz, não é adorarmos a Cruz por si só, pelo contrário, é adorarmos o Crucificado que morreu na Cruz para nos salvar; é adorarmos a salvação, a redenção que, na Cruz, Ele faz por nós.
Nenhum sacrifício humano nos redime, somente o sacrifício de Cristo tem esse poder. Se a nossa vida exige de nós sacrifícios, então, que o nosso sacrifício humano não seja inútil, porque o sacrifício que salva é o nosso sacrifício unido à Paixão e ao sofrimento de Cristo.
Cristo está com os doentes, com os enfermos, com os sofredores, com todos aqueles que sofrem as desigualdades, as mazelas da humanidade, dizendo: “Eu estou neles e sou um deles”. Cristo é um de nós nos nossos sofrimentos e nas nossas dores. Adoremos o Cristo crucificado que morreu para nos salvar.
Deus abençoe você!