“Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. Conforme está escrito na Lei do Senhor: ‘Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor’” (Lucas 2,22-23).
Estamos no 5º dia da Oitava de Natal e, no Evangelho de hoje, temos a Apresentação de Jesus ao templo. Maria e José, como uma família, como um casal temente a Deus, foram apresentar Jesus ao templo. Porque, assim, a Lei do Senhor ensinava: todo primogênito do sexo masculino deveria ser apresentado ao Senhor.
E, depois, vai continuar o Evangelho dizendo do encontro que eles tiveram com Simeão, onde ele pôde declarar e proclamar que os seus olhos viram a salvação, viram o Cristo Jesus, o “Esperado” das nações. Interessante, ainda pequeno, ainda menino, Simeão já pôde proclamar: “Está aqui a salvação”.
Meus irmãos, ao comemorarmos o nascimento de Jesus, já podemos declarar: “Está aqui a salvação”; pequeno, humilde, pobre e frágil, mas está aqui a salvação — Cristo Jesus. Foi o que Simeão proclamou. E, depois, Simeão continuou ainda a dizer: “Deixai agora o vosso servo ir em paz”. É um hino, um cântico que os sacerdotes, que os religiosos toda noite rezam — toda noite nós rezamos, fazemos um exame de consciência e pedimos uma santa morte também para nós. “Agora eu posso ir, porque, durante o meu dia, trabalhei para o Senhor, vi o Senhor”, foi o que Simeão declarou, após a sua jornada de trabalho e de missão; os seus olhos viram a salvação: Cristo Jesus. Volta a dizer, pequeno, humilde, uma criança, mas ali já estava a salvação.
Convertamo-nos, porque a salvação chegou ao nosso coração
E, depois, Simeão ainda falou para Nossa Senhora que Jesus seria causa de queda e de reerguimento para muitos em Israel.
O que Maria, o que José pensavam? O que Maria e José imaginavam? E, depois, Maria constatou que a profecia realmente se cumpriu. E Maria também não escapou da dor e do sofrimento, Simeão também disse: “Quanto a ti, Maria, uma espada de dor vai transpassar a tua alma”.
Que espada de dor foi essa? Foi o sofrimento, com certeza, do seu Filho, foi a morte do seu Filho, foi a entrega do seu Filho. Maria guardava tudo isso e meditava no seu coração.
Meus irmãos, com o grande mistério do Natal que nós comemoramos, devemos também imitar a Maria: guardar no coração e, durante a nossa caminhada de fé, perceber que as profecias do Senhor também se cumprem na nossa vida.
Meditemos o mistério do Natal, da salvação e tomemos posse da salvação e, é claro, convertamo-nos, porque a salvação chegou ao nosso coração. Mudemos de vida, acolhamos a vida, rompamos com o pecado e façamos o compromisso com a santidade que chegou até nós.
A bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!