“Procura reconciliar-te com o teu adversário enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o teu adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça e tu serás jogados na prisão. Em verdade, em verdade te digo, dali não sairás enquanto não pagares o último centavo.” (Mt 5,20-26)

Hoje, também comemoramos a vida do grande doutor evangélico, Santo Antônio de Pádua, que recebe esse título por causa da sua coerência de vida, das suas pregações e das suas catequeses em conscientizar as pessoas a fazer o bem.

Isso está ligado ao Evangelho de hoje, onde Jesus nos pede algo importante, o perdão que nos leva à plenitude do amor. Para cumprir a lei é muito fácil, mas cumpri-la no amor que é difícil, porque somos e temos, dentro do nosso coração, o egoísmo. Temos, no nosso coração, a individualidade, a indiferença.

Jesus nos fala que se temos algo contra o nosso irmão, devemos nos reconciliar com ele antes de entregarmos a nossa oferta, porque caminhamos para a vida eterna. Dentro desse caminho, quando passarmos pela morte, nos apresentaremos diante do tribunal de Deus e prestaremos contas tanto do bem quanto do mal que fizemos.

Por isso Ele está alertando cada um de nós enquanto estamos caminhando, pois não podemos levar, dentro do nosso coração, amarguras, ressentimentos, falta de perdão, ou seja, não amar.

O amor será a sua maior defesa

Sabe o que é o mais interessante que a Doutrina da Igreja nos ensina? Que, nos finais dos tempos, quando seremos julgados, não o seremos pelo que fizemos no nosso trabalho, na nossa faculdade, nem quantas missas participamos, quantos rosários rezamos, quantas madrugadas com frio levantamos para rezar. Jesus perguntará uma única coisa para nós: o quanto você amou? Então, não adianta nada fazermos tudo isso se não amarmos.

Isso é algo que não pode sair do horizonte do cristão, o amor pleno, porque Jesus está nos advertindo: “Procura reconciliar-te com o teu adversário enquanto caminha para o tribunal”, ou seja, não deixemos para o último dia. Não deixemos para quando nós passarmos pela morte. 

Depois que passarmos pela morte, não há mais como se converter, não há mais como pedir perdão, não há mais como amar. O quanto eu amo aqui é o tanto que eu vou amar no céu. Quem não ama aqui neste mundo, tampouco poderá amar no céu, porque no céu é só amor.

Então invista toda a sua vida no amor. Ame, mesmo que doa, mesmo que seja difícil perdoar, mesmo que seja difícil dar o passo, mas dê, para que não seja tarde demais.

Quando nos apresentarmos diante de Deus, seremos julgados por aquilo que fizemos de bom e por aquilo que fizemos de mal. Que o Senhor nos ajude e que nos sustente no nosso esforço de amar sempre. 

Que Deus o abençoe em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!