29 Aug 2015

A Igreja precisa de cristãos autênticos

A Igreja precisa de cristãos autênticos. Pessoas que anunciem a verdade do Evangelho, não sejam coniventes com o mal e deem a vida por Jesus Cristo.

“Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão” (Marcos 6, 18).

Nós hoje celebramos o martírio de São João Batista. A Igreja nos dá a graça de celebrar João Batista do começo ao fim de sua vida. O seu nascimento é motivo de festa por tudo aquilo que ele [João Batista] representa com sua vida e sua morte também. Isso porque a morte de João foi aquilo que foi sua vida, tal vida tal morte, tal morte tal vida. Ele morreu por aquilo em que acreditou, morreu por aquilo que ensinou e viveu durante toda a sua vida.

O que podemos aprender com a vida de João Batista? Pego uma palavra tão necessária para os dias de hoje: “autenticidade”. João foi um homem autêntico. E quando dizemos que alguém é autêntico é porque aquela pessoa não é conivente com as situações erradas, injustas, com situações que, na verdade, oprimem os outros para favorecer alguns.

João era um homem justo. E não era porque Herodes era a autoridade da época que esse apóstolo deixou de denunciar o pecado dele. Na verdade, denunciar o pecado de alguém não é acusar alguém, não é jogar pedra em alguém. É o contrário disso, é levar-lhe a luz porque a pessoa está vivendo na obscuridade do coração e da vida e não enxerga a verdade como tal ou porque, muitas vezes, não queira enxergá-la.

João fez isso [anunciou a verdade do Evangelho] à beira do Rio Jordão e no deserto. Ele era um farol mostrando àqueles que viviam nas trevas e na escuridão da vida qual era o caminho da luz.

Herodes, além de ser injusto e de estar cometendo um mal tremendo, precisava escutar que aquilo não era correto. Mas a verdade não doeu apenas no coração dele [Herodes], mas no coração de quem vivia de forma errada com ele: Herodíades, que era, na verdade, sua cunhada. Por isso ela ficou totalmente brava com João Batista (e a palavra “brava” aqui não quer dizer muita coisa), na verdade, ela ficou indignada com ele e passou a odiá-lo. Por isso ela e a mãe desejaram a cabeça dele [João Batista].

Sabem, meus irmãos, existem pessoas que perdem a cabeça por falta de juízo, porque dão passos errados na vida, tomam decisões precipitadas, jogam fora a dignidade humana, a dignidade da vida. E muitos perdem a cabeça porque estão vivendo situações difíceis na vida. Contudo, João Batista não perdeu a cabeça, decapitaram a sua cabeça porque ele viveu pela verdade e pela autenticidade. Perder a cabeça significa que lhe tiraram a vida, mas não lhe tiraram a dignidade.

Deus não quer que nenhum de nós perca a cabeça, nem o juízo nem a sabedoria! Pelo contrário, o Senhor quer que arrisquemos nossa cabeça, nosso coração e nossa vontade pela verdade! A missão profética da Igreja é essa. A Igreja é, muitas vezes, ameaçada, perseguida, não recebida, acusada de ser retrógrada e tantas outras coisas, mas ela não abre mão da verdade mesmo que isso lhe custe a própria cabeça.

Que Deus nos ensine a ser cristãos autênticos! E que não sejamos coniventes com os erros nem com os malefícios da sociedade em que estamos, mas que sejamos realmente apaixonados pela verdade a ponto de dar a nossa vida por ela!

Deus abençoe você!

Pai das Misericórdias

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