“Naquele tempo, alguns fariseus se aproximaram de Jesus para pô-lo à prova. Perguntaram se era permitido ao homem divorciar-se de sua mulher. Jesus perguntou: “O que Moisés vos ordenou?”. Eles responderam: “Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio e despedi-la”. Jesus então disse: “Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos escreveu este mandamento. No entanto, desde a criação, Deus os fez homem e mulher”.”
Certamente, vocês já ouviram aquela expressão: “Fulano está esclerosado”. Isso se referia à pessoa que não estava plenamente no uso da razão. A ciência evoluiu e nos clareou muita coisa. Dramaticamente, tem pessoas que sofrem do mal de Alzheimer, da demência e de outras enfermidades da mente.
Eu não estou aqui falando de ciência, mas eu quero falar da doença espiritual que apareceu no Evangelho de hoje, a chamada esclerocardia, à qual Jesus se referiu no Evangelho de hoje como a dureza de coração. A ciência moderna chama de fibrose miocárdica, ou seja, a degeneração das células musculares que respondem pela contração do coração quando há uma degeneração dessas células, o coração perde o ritmo, ele vai se endurecendo e essas células vão perdendo a sua capacidade.
Jesus advertiu sobre esta perda do ritmo de Deus, ou seja, corações que já não batem no ritmo de Deus, mas vão no ritmo do mundo. E o assunto foi divórcio. Ao lado disso, uma enxurrada de distorções do amor original entre homem e mulher no plano de Deus. Na atualidade, o poliamor, trisal, morar juntos, amasiados, uniões ilícitas e tantas outras coisas.
As distorções do amor original
Todas essas situações têm o amparo de uma mídia pagã através das novelas, da indústria fonográfica, das músicas, no cinema, no teatro. O diagnóstico de Jesus é muito mais do que uma regra matrimonial.
Aqui, eu não quero deixar de acolher, certamente, as tantas pessoas que sofrem, no casamento, por exemplo, uma escolha errada do outro cônjuge. Quem faliu é quem traiu. Então, não coloque culpa em você pelo erro dos outros.
A pessoa que perdeu o brilho da lealdade, por si só, já é uma pessoa infeliz. Ninguém está condenado a uma vida sem dignidade. Especialmente se entra em cena algum tipo de agressão, agressão física, danos aos filhos.
Todo mundo se casa pensando numa escolha definitiva, do contrário, o casamento já seria nulo desde o começo. Nós só vamos considerar que, onde há lugar para o perdão e um recomeço, o divórcio não pode ser a única escolha.
Vamos abrir o nosso coração, vamos voltar a nossa mente e o nosso coração para Cristo, para o modo de Deus pensar todas as coisas.
Sobre todos vós desça a bênção do Deus todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!