30 Jun 2019

A comunhão com Deus acontece pela unidade da fé

“Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus” (Mateus 16,18-19).

Jesus está, hoje, entregando as chaves do Reino dos Céus a Pedro, Seu discípulo, Seu apóstolo, cercado de fraquezas e fragilidades, mas um homem que professa a sua fé em Jesus como o Messias, como Senhor e Salvador.

Deus confia na nossa fragilidade humana e a fortalece com o poder da sua oração. Ele confia na fragilidade dos homens que estão à frente da sua Igreja, porque a força não vem deles, mas de Deus, que guarda e protege aquilo que é seu.

Hoje, celebramos duas colunas da Igreja: Pedro e Paulo, homens essenciais para o anúncio do Evangelho, mas não são imprescindíveis, porque o único imprescindível é Deus. Ele escolhe homens, geralmente cercados de fragilidades, para realizar essa missão, como é o caso de Pedro e Paulo.

Pedro era um discípulo apaixonado pelo Mestre, mas cercado de fraquezas quando O negou, quando titubeou e falhou. Paulo era perseguidor, tinha uma mente fechada, mas se permitiu cair por Terra, e o Evangelho o converteu.

Que Deus conceda à sua Igreja, nos dias de hoje, caminhar na firmeza e na unidade

Pedro é essencial para a unidade da Igreja e Paulo fundamental para a expansão da Igreja por toda a face da Terra. Os dois foram as colunas primeiras da Igreja Primitiva que nascia sobre Cristo Jesus, a pedra fundamental.

A Igreja, presente em todo o mundo, precisa do espírito de Pedro e Paulo. A Igreja precisa de Pedro para conservar-se unida numa única fé, num único batismo e único Senhor, que é nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Pedro é para nós o sinal da unidade da fé, num mundo confuso, de tantas ideias confusas, de tantos “disse e não me disse”. Temos, na figura de Pedro, nosso primeiro Papa, aquele que nos dá a certeza da unicidade da fé, ainda que haja divergências, visões e sentimentos diferentes, mas a fé é única.

A importância que tem a figura do Papa – Papa que é sucessor de Pedro –, e que, hoje, se chama Francisco, não é a figura dele, mas aquilo que ele representa e a autoridade que foi dada a ele.

A importância que tem o padre na sua igreja, o bispo na sua diocese, é a importância que tem o Papa para a unidade da fé. A importância de caminharmos juntos. O elemento fundamental da fé não são os dogmas, mas a comunhão. Muitas vezes, estamos brigando por crenças, dogmas, valores, mas nos esquecemos do valor essencial, que é a comunhão.

A comunhão com Deus, a comunhão entre nós acontece pela comunhão da unidade da fé. Pedro é para nós a figura da nossa comunhão com Deus, a nossa comunhão entre nós, a nossa comunhão de fé.

Hoje, precisamos ter muita comunhão com o nosso amado Papa Francisco, escolhido por Deus para os tempos difíceis que vivemos, onde, muitas vezes, há vozes contrárias e divergentes. Não é que não podemos discordar do Papa, mas são vozes que querem nos colocar na contramão daquele que é para nós o símbolo, o sinal, a figura da unidade da fé.

Que Deus nos dê a graça como concedeu a sua Igreja em meio a tantas tempestades, ventos e situações contraditórias, mas uma Igreja permaneceu firme em Cristo Jesus.

Que Deus conceda a Sua Igreja, nos dias de hoje, caminhar na firmeza e na unidade. Deus abençoe imensamente o nosso amado Papa Francisco.

Viva São Pedro e São Paulo! Viva a Igreja do Senhor!

Deus abençoe você.

Pai das Misericórdias

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