27 Aug 2010

O azeite chama-se AMOR!

A parábola usada por Jesus para comparar com o Reino dos Céus é a parábola das dez virgens. O relato mostra que essas jovens estavam esperando o noivo chegar, mas não sabiam o dia  nem a hora que isso aconteceria. No entanto, elas deveriam estar muito atentas e preparadas para essa chegada. Tal preparação consistia em estarem com as tochas acesas; todavia, cinco delas eram previdentes e cinco eram imprevidentes. Assim, as previdentes, quando os noivos chegaram, estavam com as tochas em condições de recepção, pois o azeite estava dando sustento para que o fogo não se apagasse e iluminasse o ambiente. Ao contrário, as imprevidentes não se preocuparam e, quando o noivo chegou, suas tochas se apagaram, pois o azeite também acabara.

Elas não se preocuparam da aquisição do azeite, enquanto combustível, para as tochas, por isso não estavam em condições e prontas para receber o noivo. Elas – as imprevidentes – até tentaram adquirir azeite com as previdentes, mas nada conseguiram.

Vamos entender cada realidade desta linda e profunda parábola para que nos tornemos previdentes e não imprevidentes na nossa vida, pois o noivo chegará. Ele está chegando! O noivo é Jesus. As dez virgens são a imagem da Igreja. O azeite é o amor que vivenciamos em nossa vida, na vida dos outros.

Precisamos entender que na nossa vida somos convidados a viver a nossa vocação fundamental, original: a vocação ao amor, pois somos oriundos do amor do Pai. Nos realizamos à medida em que vivemos o amor. A vivência deste amor é entendido – na parábola – como o azeite capaz de iluminar o ambiente onde nos encontraremos com Jesus Cristo, o Senhor da nossa vida. Este é o casamento, ou seja, a união definitiva de Cristo (esposo) com a Igreja (esposa).

Muito interessante percebermos uma coisa: as previdentes – aquela parte da Igreja que vive a sua vocação – no caso o amor -, não emprestam azeite para as imprevidentes. Meu Deus, que amor é este? Que egoísmo, que falta de caridade! Não, meus irmãos, não é egoísmo nem falta de caridade. Eu explico. Na vida, existem coisas que ninguém pode fazer por nós, ninguém; nem Deus, pois Ele respeita a nossa liberdade. Para dizer que, quanto aquilo que nos cabe fazer – a vivência da nossa vocação principal, o amor – ninguém pode fazer por nós. Ninguém!

As previdentes não puderam emprestar azeite; bem queriam elas se pudessem, mas a questão é que as previdentes não podiam e não podem amar pelas imprevidentes; ou seja, ninguém pode amar por nós. Ou nós amamos – produzimos o azeite da caridade – ou nossas tochas se apagarão e as portas se fecharão. Daí, não adianta querermos gritar do lado de fora da festa, pois o Céu é uma festa dos filhos de Deus com o seu Deus.

Como encontra-se a tocha da nossa vida? O fogo do amor e da caridade encontra-se aceso ou já se apagou? Por mais que a minha vida esteja como uma tocha totalmente apagada e destruída, sou convidado a alimentar esta minha vida com o azeite do amor vivenciado e testemunhado. Não tenho o direito de querer que as previdentes na minha vida adquiram para mim aquilo que compete somente a mim conseguir. Ninguém pode fazer por mim aquilo que só compete a mim realizar – o amor, principalmente! Sejamos previdentes, ou seja, amemos e esperemos o noivo que virá. Aliás, quem ama nunca é pego de surpresa. Sempre está pronto para aquele que ama.

Padre Pacheco

Comunidade Canção Nova

Pai das Misericórdias

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