23 Dec 2007

JESUS, FILHO DE MARIA, ESPOSA DE JOSÉ Mt 1,18-24

Estamos no 4º Domingo do Advento. Dentro de poucos dias nascerá o Sol da Justiça. Como você sabe, o tempo do Advento é o tempo favorável à conversão. É um período muito particular, quando cada homem e mulher são convocados pelo próprio Deus a esperar n’Aquele que há de vir: Jesus Cristo, o Senhor. Contagiados com sua presença salvífica, devemos crer nas promessas do Pai. E, libertos da desesperança, reconheçamos Jesus, não apenas como filho da história, mas como Rei-Messias que vai instaurar o Reino prometido a todos nós. Que neste tempo do Advento nosso coração seja transformado em manjedoura, para que o Rei-Messias nasça e faça morada no meio de nós.

Os evangelhos foram escritos a partir das memórias de Jesus elaboradas e veiculadas pelas primeiras comunidades de discípulos. O evangelho de Marcos, o primeiro a ser escrito, é o que mais se aproxima da realidade de Jesus. Este evangelista segue o roteiro que Lucas, mais tarde, registra em Atos dos Apóstolos em uma fala de Pedro: “É necessário que, dentre estes homens que nos acompanharam todo o tempo em que o Senhor viveu em nosso meio, a começar do batismo de João até o dia em que foi arrancado do nosso meio, um destes se torne testemunha da sua ressurreição” (At 1,21-22). Assim, Marcos inicia seu Evangelho com o batismo de João e termina com o túmulo vazio, após a crucificação.

Posteriormente, Mateus e Lucas inserem, no início de seus Evangelhos, as narrativas de infância, com a concepção e o nascimento de Jesus. João, por sua vez, elabora o prólogo de seu Evangelho a partir do Verbo eterno de Deus que se faz carne. As narrativas de infância em Mateus giram em torno da figura de José, enquanto em Lucas dizem respeito a Maria. Em Mateus, José, e por ele Jesus, é associado à linhagem davídica (filho de Davi).

Em Lucas, onde a genealogia de Jesus remonta a Adão e Eva, Jesus é associado a toda a humanidade (filho do homem), sem exclusividades raciais. Paulo, apóstolo, registra esta polaridade: segundo a carne, descendente de Davi, segundo o Espírito de santidade foi declarado Filho de Deus.

Mateus, escrevendo para discípulos oriundos do judaísmo, procura apresentar Jesus como sendo o cumprimento de suas expectativas tradicionais do Primeiro Testamento.

Assim, além da genealogia davídica com a qual inicia seu Evangelho, aplica a Jesus um texto de Isaías em que este se refere à concepção de uma jovem esposa do rei Acaz. As narrativas de infância realçam tanto a realidade da condição humana de Jesus como a sua origem divina. Pela encarnação, Deus revela que homens e mulheres foram criados para participar de sua vida divina e eterna.

Portanto, não tenhamos medo. Deus vai suscitar para nós um sinal. O Menino que está para nascer é o Deus conosco. Ele é o grande sinal da presença de Deus entre nós. Ele nos quer libertar e instaurar para nós um novo reino de amor e de justiça, o reino da vida eterna.

Pai das Misericórdias

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