08 Apr 2011

Jesus Cristo, o enviado do Pai

No Evangelho de hoje, João mostra-nos, como diferentemente do que os sinóticos fazem, o grande destaque ao conflito entre Jesus e os judeus em geral. Pois naqueles, Jesus se restringe aos dirigentes, fariseus, escribas e sacerdotes. A razão será por que este Evangelho tem como base a comunidade cristã samaritana? Talvez sim, mas talvez não. Estamos diante da expressão do tradicional conflito entre Israel, reino do norte, e Judá, reino davídico do sul. O messias esperado pelo judaísmo seria um líder que conquistaria a liberdade nacional dos judeus e imporia ao mundo sua religião. Portanto, trata-se de uma salvação que atingirá a todos os homens e mulheres do mundo inteiro já que os destinatários da salvação o rejeitam.

A atividade de Jesus denuncia o agir perverso da sociedade, por isso provoca ódio. Os parentes do Senhor pensam no sucesso. As autoridades O procuram, vendo n’Ele um perigo. E o povo expressa opiniões diversas a respeito d’Ele: uns O julgam a partir das obras que Ele realiza, e outros a partir de leis e estruturas estabelecidas. Assim a presença de Cristo é sinal de contradição, a qual revela pouco a pouco a face das pessoas.

Os chefes religiosos do templo e das sinagogas rejeitavam o messianismo de Jesus Cristo e alguns procuravam prendê-Lo, outros até matá-Lo. Pois Ele, para eles, é uma ameaça. E no meio do povo a divisão continua: o tema da discussão é sobre a origem do Messias. Uns não aceitam Jesus, baseados numa tradição teórica sobre a origem d’Ele. Outros que já são muitos, acreditam que Jesus é o Messias, porque prestam atenção na Sua prática libertadora e veem nisso sinal da presença de Deus.

Jesus, descartando qualquer aspiração ao poder, revela-se como o enviado que comunica a verdadeira vida vinda do Seu Pai. Desafiando-lhes diz: “Será que vocês me conhecem mesmo e sabem de onde eu sou? Eu não vim por minha própria conta. Aquele que me enviou é verdadeiro, porém vocês não o conhecem. Mas eu o conheço porque venho dele e fui mandado por ele“.

Assim Cristo mostra o verdadeiro critério para reconhecer o Messias: não é o lugar de Sua origem, mas o fato de Ele ser o enviado de Deus, cuja atividade deve ser reconhecida pelas obras que faz.

Depois de tudo o que você ouviu, viu e leu e tocou sobre o Verbo Divino feito homem para a sua salvação, que critérios estabelece para reconhecer Jesus?

Pai ajuda-me a acolher, sem preconceitos, a revelação de Jesus, pois Sua identidade messiânica de Filho de Deus transparece nas palavras e nos sinais que Ele realizou.

Padre Bantu Mendonça

Pai das Misericórdias

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