“Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: ‘Antes que estas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé. Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa; porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós.” (Lucas 21,12-16)
Palavras duras, palavras fortes, porque falam da perseguição. A perseguição contra os cristãos atravessou estes dois mil anos de história. Nunca houve um momento no qual ser de Cristo não tenha provocado uma ruptura com estruturas mundanas, e isso tenha gerado perseguição. Não houve! A Igreja sempre enfrentou o drama da perseguição.
As perseguições, na verdade, são o prolongamento do destino de Cristo. Porque, você sabe, nosso Mestre e Senhor foi perseguido e morto. E nós somos essa continuação, se vivermos como Jesus viveu. Então, a perseguição faz parte da vida do cristão porque ela nos revela o estilo de vida de Jesus, ela é continuidade da vida do Nosso Senhor, do destino de Cristo.
A perseguição não ficou lá atrás, como eu falei, ela é contemporânea. Vez ou outra, vemos se apresentar na sociedade tentativas de calar a voz do Cristo, de matá-Lo, de aniquilá-Lo e tirar o cristianismo do meio da sociedade.
A perseguição faz parte da vida do cristão porque ela nos revela o estilo de vida de Jesus
O mundo de hoje, marcado pelo poder, pelo prazer, pela ostentação, pelas aparências, não tolera Cristo com os seus valores que se contrastam com tudo isso. Só que, para testemunhar Jesus Cristo no mundo, isso deve ser feito com muita humildade e com muita força interior, tanto que Jesus diz: “Não preparem a vossa defesa, porque eu darei palavras acertadas”.
O testemunho de Cristo, no mundo de hoje, faz-se com muita humildade, com força interior, e não com gritos, com ofensas, com violência verbal e outras armas que pertencem aos ignorantes e incrédulos. Não precisamos disso!
A apologética ou a defesa da fé não é ostentar teologicamente o nosso conjunto de crenças, e sim fazer brilhar Cristo, para que o mundo veja que Ele é uma pessoa e não um emaranhado de conceitos e de ritos.
Lembremos que os cristãos são os que sofrem a perseguição, não nos esqueçamos disso, e não são aqueles que fazem a perseguição. Muito cuidado para não estarmos perseguindo o próprio Cristo e a Sua Igreja, como fazia Saulo antes de encontrar-se com o Senhor, fazia essas atrocidades com as comunidades primitivas; e olha que ele tinha nas mãos cartas de recomendação.
Ninguém tem o aval para perseguir ninguém, sofremos a perseguição, se nos configuramos a Cristo, porque, se nos desfiguramos de Cristo, nos tornaremos perseguidores dos nossos irmãos. Que Deus nos ajude com a Sua graça!
Sobre todos vós desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!