A grande autoridade que devemos exercer, em primeiro lugar, é conosco, com nossa própria vida
“Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei” (Marcos 1,22).
A autoridade de Jesus vem da Sua vida; não vêm de cargos, posições e títulos.
As pessoas querem, muitas vezes, submeter-se aos títulos, mas não se submetem à verdadeira autoridade que vem da moral, daquilo que elas vivem. A grande autoridade é aquela que se submete a viver aquilo que é cobrado. Ninguém pode viver a disciplina se não a tem, ninguém pode cobrar obediência se não é obediente, ninguém pode cobrar do outro que seja verdadeiro se não é verdadeiro.
A grande desordem das nossas casas é que, às vezes, os pais querem cobrar o que não vivem. O esposo quer cobrar da esposa aquilo que não está vivendo. Queremos cobrar dos nossos um relacionamento mútuo; queremos cobrar nas nossas amizades aquilo que, muitas vezes, não somos recíprocos em viver.
Enfim, há uma autoridade a ser recuperada e essa autoridade é vivida na pessoa de Jesus. Ele vive primeiro tudo o que ensina e pratica; Ele não é conhecedor de leis nem teorias, porque quem dominava o conhecimento em Israel era quem tinha o conhecimento, por isso eram chamados de mestres e doutores da Lei. Mas eram homens cheios de profundas contradições, muitos não viviam nem a metade ou quase nada daquilo que ensinavam e cobravam com rigor dos outros.
Pense bem antes de cobrar, de exigir e ser duro com os outros. Pense na forma como você vive sua própria vida, pois quem vive a vida corretamente sabe do esforço que é para viver, por isso tem sabedoria até na forma de cobrar.
Precisamos aprender a ser autoridade, mas aqui “autoridade” não é de autoritarismo, é, acima de tudo, termos domínio sobre aquilo que falamos, exigimos e cobramos dos outros.
Jesus tem autoridade naquilo que fala, e os demônios tremem e correm d’Ele. A ação de Jesus é justamente expulsar aquele que provoca as desordens dentro do nosso coração e do nosso interior. Este homem possuído pelo espírito maligno grita: “O que vieste fazer conosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir?”. Os demônios sabem: “ Eu sei quem Tu és: Tu és o Santo de Deus!”. Jesus, ordenou e o intimou: “Cala-te!” (cf. Marcos 1,24).
Não podemos deixar os demônios falarem, não podemos deixar os demônios gritarem, não podemos deixar que eles ordenem a nossa vida.
A grande autoridade que devemos exercer, em primeiro lugar, é conosco, com nossa própria vida; dominar a nossa vontade, o nosso mau humor, a nossa amargura, aquela vontade de falar tudo o que vem na cabeça, na mente. Essa é a grande autoridade que temos de exercer. Tenho vontade de fazer alguma coisa errada, mas não vou fazer o que está errado. Tenho vontade de brigar, mas não vou brigar. Tenho vontade de pegar alguém, mas não vou pegar.
Essa é a autoridade que Jesus quer nos revestir, em primeiro lugar; autoridade do autodomínio, do autocontrole, de vencer as forças terríveis e malignas que, muitas vezes, estão fazendo a nossa vida interior sucumbir.
Os demônios sabem quem é Jesus e correm d’Ele. Precisamos saber quem é Jesus e correr para os Seus braços, para que Ele cuide de nós!
Deus abençoe você!