02 Nov 2025

Comemorar os fiéis defuntos: memória, oração e conversão de vida

O significado profundo da comemoração

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Que os vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. Sede como homens que estão esperando o seu Senhor voltar de uma festa de casamento para lhe abrir imediatamente a porta, logo que ele chegar e bater. Feliz os empregados que o Senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade, eu vos digo, ele mesmo vai cingir se fazê-lo sentar-se à mesa e passando o servirá. E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar” (Lucas 12,35-40).


Meus irmãos, esse texto de Lucas, que é da celebração de hoje, deste domingo, é a comemoração de todos os fiéis defuntos.

O nome dessa celebração de hoje é comemoração. Pode soar estranho devido ao fato de, normalmente, nós usarmos esse termo em português para falar de algo festivo, alegre, alguma vitória, aniversário de vida e etc.

Mas se formos à origem dessa palavra em latim, commemorare, nós teremos o significado de trazer à memória ou recordar. Com isso, entendemos que se trata de uma lembrança. Mas não podemos parar aqui.

Na fé católica, nós não cultuamos mortos pura e simplesmente; nós fazemos memória daquelas pessoas, nossos entes queridos, que já fizeram a sua Páscoa. Talvez você tenha alguém da sua família que já fez a sua Páscoa.

A unidade da Igreja militante e triunfante

E se, de alguma forma, elas podem ser socorridas pela misericórdia divina, através das nossas orações, hoje é um dia mais que especial para fazermos isso. Nós temos o costume de visitar o cemitério, os túmulos onde estão enterradas essas pessoas, como um sinal de unidade entre a Igreja militante, que somos nós, e a Igreja que já está na glória de Deus.

É disso que vem o sentido de rezarmos missas nas intenções dessas pessoas, oferecermos indulgências em sufrágio das suas almas. Por isso a celebração de hoje tem ainda um outro caráter: despertar em nós a postura de sentinelas, isto é, aqueles que vigiam com prudência e fidelidade, sabendo que o seu Senhor pode chegar a qualquer momento, ou nós poderemos ir ao Seu encontro com a nossa morte.

Memento mori: despertando a consciência

É aquela célebre expressão latina: Memento mori, ou seja, lembra-te que vais morrer. Então, viva bem e viva em santidade. Um sopro de vida é o homem, e sua vida é como sombra que passa. Na aurora germina, floresce, mas à tarde logo seca.

São todas expressões não para causar medo e paralisia em nós, mas é um modo de despertar a nossa consciência sobre a nossa finitude e fragilidade.

Vamos rezar pelos nossos irmãos queridos que já partiram e vamos também nos converter, porque, um dia, nós também veremos Deus face a face.

Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-Poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!


Padre Donizete Heleno Ferreira

Padre Donizete Heleno Ferreira é Brasileiro, nasceu no dia 26/09/1980, em Rio Pomba, MG. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2003 no modo de compromisso do Núcleo.

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