16 Dec 2016

Testemunhemos ao mundo a justiça de Deus

Se assumirmos nossas responsabilidades no mundo, cumpriremos a justiça de Deus

“Cumpri o dever e praticai a justiça, minha salvação está prestes a chegar e minha justiça não tardará a manifestar-se” (Isaías 56, 1).

A liturgia que acompanhamos, neste tempo do Advento, traz para o dia de hoje duas palavras-chave: justiça e testemunho. Por quê? Porque Deus quer que testemunhemos para o mundo Sua justiça. E o que é a justiça de Deus? Se não procuramos ser justos e retos em tudo aquilo que fazemos, procuremos o que é justo.

A primeira coisa fundamental, para que a justiça de Deus se cumpra é preciso cumprir nossos deveres e obrigações. Você sabe que todo mundo têm suas tarefas na vida; até nossas crianças têm, os pais ensinam as tarefas que elas precisam fazer. É difícil pensar numa criança que não aprende, desde pequena, a ter responsabilidades; a tarefa de arrumar sua cama, seu próprio quarto, a tarefa de ajudar a limpar a casa e assim por diante.

É muito importante que seja assim, que nossas crianças aprendam, cresçam dessa forma, sabendo que, no mundo, todos nós temos responsabilidades! Se assumirmos nossas responsabilidades no mundo, estaremos cumprindo a justiça de Deus.

O pai precisa ser pai, precisa cumprir suas obrigações de pai; o mesmo digo da mãe, do esposo, da esposa e até de mim, que sou padre. Cada um sabe que, no mundo, têm tarefas para realizar, obrigações a cumprir.

Eu digo a você, que está no seu trabalho, onde quer que você esteja, saiba que ser justo é cumprir com suas responsabilidades, desde a hora em que você chega até a hora que você sai. Esse negócio de ficar matando serviço, enrolando, isso não é justo nem correto. Mesmo que os outros sejam injustos, não podemos justificar as coisas erradas que somos tentados a fazer ou que, muitas vezes, fazemos a partir do erro dos outros.

O erro do outro já é uma injustiça, mas se somarmos nosso erro com o do outro, o erro ficará enorme demais. Não podemos ser coniventes, não podemos colaborar, não podemos corroborar com o erro que o outro pratica.

Se não conseguirmos ser justos com os pobres, se as políticas governamentais e as ações deste mundo não conseguem cumprir o que precisam fazer com os outros, isso não justifica a nossa falta de caridade, de cuidado e atenção para com os pobres e necessitados.

É muito importante que cada um de nós tenha consciência disso, não basta somente uma consciência religiosa: “Eu rezo muito! Sou temente a Deus! Eu vou à Missa! Eu cumpro minhas obrigações religiosas!”.

Quem cumpre suas obrigações religiosas precisa fazer com mais zelo e presteza suas responsabilidades no mundo! Não justifica sermos irresponsáveis no trânsito, no trabalho e naquilo que nos é confiado.

Testemunhar é, acima de tudo, cumprir com maior zelo o que nos é confiado. Esse é o testemunho que temos de dar ao mundo! Temos de fazer as obras que manifestam que Deus está em nós, e se queremos fazer obras, não pensemos somente em coisas grandiosas, não fiquemos só pensando em milagres e curas.

O milagre que o mundo precisa é de pessoas responsáveis, corretas, honestas, justas naquilo que fazem. Todo mundo olha para a corrupção do mundo, mas ninguém quer olhar para a sua própria corrupção. Queremos olhar as coisas erradas que há no mundo, que são muitas!, não podemos fechar os olhos para elas, não podemos deixar de corrigir nossas injustiças de cada dia.

Deus abençoe você!

Pai das Misericórdias

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