14 Nov 2016

Jesus ilumina o nosso interior

Quanto precisamos da graça de Deus para iluminar nosso interior, para iluminar a nossa capacidade de enxergar!

O cego respondeu: ‘Senhor, eu quero enxergar de novo‘. Jesus disse: ‘Enxerga, pois, de novo. A tua fé te salvou” (Lucas 18,41-42).

A caminho de Jericó, o cego, sentado, ouviu aquele burburinho, ouviu aqueles ruídos de que Jesus estava por ali, então, começou a gritar de forma insistente: “Jesus, filho de Davi, tende piedade de mim!”. Quanto mais Jesus se aproximava, de forma mais insistente ele gritava.

Sabe, meus irmãos, esse cego não é um cego de nascença, ele já havia enxergado, mas, por alguma circunstância da vida, perdeu a visão, deixou de enxergar e percebeu quanta diferença isso fez.

O drama desse cego, que busca em Jesus instituir novamente a sua visão, é um drama que, na verdade, ilumina tantas situações presentes em nossa vida. Quantos de nós perdemos a visão do essencial, da compreensão da vida, da fé, a visão iluminada, guiada e conduzida por Deus.

Jesus já nos disse que os olhos são a luz do corpo, mas, aqui, não se trata dos olhos físicos apenas,e sim dos olhos que nos dão a visão e a compreensão. Somos aquilo que enxergamos, e só conseguimos ser aquilo que conseguimos enxergar. Muitas vezes, a nossa visão é muito limitada, reduzida ou proliferada, aberta demais; enxergamos demais, porém não enxergamos o que precisamos enxergar.

Quanto precisamos da graça de Deus para iluminar nosso interior, para iluminar a nossa capacidade de enxergar, para ver coisas que estão à nossa frente, mas não conseguimos ver! Olhamos para a situação de muitas famílias: às vezes, a pessoa consegue enxergar o problema de todos, consegue ver o problema da vizinha, daquela outra casa, mas não enxerga o problema dentro da sua própria casa, não vê as coisas que estão acontecendo a sua frente, a sua vista, onde mora.

A pior cegueira é quando não conseguimos enxergar nós mesmos, quando não conseguimos enxergar nossas realidades interiores, onde precisamos ser tocados. Precisamos de modificações, de direção e luz de Deus.

O pior cego é, de fato, aquele que não se enxerga. Não é só o cego que não quer ver, é o cego que, de fato, enxerga demais o mundo lá fora, vê a luz exterior com muita facilidade, mas não tem a percepção interior necessária para que possa caminhar na vida.

São tantos atropelos! Machucamo-nos em tantas circunstâncias da vida… Que bom seria se enxergássemos melhor o mundo que está ao nosso lado! Por isso, nosso grito precisa ser como o desse cego: “Senhor, que eu veja! Que eu enxergue de novo! Eu necessito melhorar minha visão”.

Que nossa fé seja um elemento principal para abrirmos nossos olhos, para iluminarmos nossa mente, para que possamos enxergar o mundo e a nós mesmos com os olhos de Jesus, que é a luz do mundo.

Que Ele seja a luz da nossa vida, do que fazemos, das decisões que tomamos. Quanto precisamos de uma visão interior muito mais ampla, mais perceptível, sensitível para termos direção, prudência, sensatez nas escolhas que fazemos na vida!

Que Deus nos dê aquilo que deu ao cego: a graça de enxergarmos o que, de fato, precisamos enxergar.

Deus abençoe você!

Pai das Misericórdias

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