26 Jan 2017

É preciso reinflamar a graça de Deus em nós

É preciso acender, reacender, reanimar, reinflamar essa graça, esse fogo de Deus que um dia recebemos

“Exorto-te a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos” (2Tm 1,6).

Hoje, celebramos os apóstolos Timóteo e Tito, companheiros de Paulo em sua grande missão evangelizadora. Eles foram, com certeza, convertidos pela pregação de Paulo e tornaram-se, depois, seguidores de Cristo pelo caminho de Paulo.

Como é importante termos afeto por aqueles que nos aproximam de Deus e por aqueles que nós aproximamos d’Ele. É uma coisa maravilhosa, os catequistas que nos evangelizaram, aqueles que foram responsáveis por nos transmitir a fé são exemplos e modelos para nós.

Paulo escreveu essa carta a Timóteo, seu discípulo, seu amigo e filho na fé. Ele está fazendo memória a Timóteo, está recordando sua vó Loide e sua mãe Eunice, que foram pessoas fundamentais para que Timóteo se tornasse um homem de fé. Paulo está chamando Timóteo a voltar ao primeiro amor, a reacender e reavivar a chama da fé que ele recebeu por ocasião da imposição das mãos. Quando Paulo realmente orou por ele, invocou sobre ele o dom do Espírito.

Você também se recorda como nós éramos muito mais inflamados, incendiados e mais aguerridos quando recebemos o dom da graça de Deus? Aquilo nos inflamou, incendiou-nos por dentro, causou em nós um verdadeiro entusiasmo, mas não é simplesmente um entusiasmo de ‘fogo de palha’. Não se trata disso! Trata-se do entusiasmo da chama da graça de Deus, que se acendeu no meio de nós.

Toda chama que não se cuida, vai diminuindo, vai aos poucos se apagando, ficando aquele foguinho pequeno. É preciso acender, reacender, reanimar, reinflamar essa graça, esse fogo de Deus que um dia recebemos.

A tentação do desânimo tomou conta, muitas vezes, do coração dos apóstolos, dos discípulos, dos seguidores de Jesus naquele tempo, nos tempos de hoje, e vai tomar conta também nos tempos de amanhã. Porque vamos fazendo empreitadas, vamos crescendo e amadurecendo, mas vamos também enfrentando dificuldades, problemas, frustrações, decepções e situações que tiram da nossa vida aquele gosto e sabor que tínhamos no início.

Não podemos perder a meta, não podemos perder o objetivo, não podemos tirar de Jesus o nosso olhar. Desviamo-nos da estrada da vida, perdemos o ardor da graça quando tiramos do Cristo o olhar e paramos na obra, nas pessoas, nesta ou naquela situação. E como lidamos com realidades humanas, elas vão tirando de nós, nos embates que acontecem na vida, o nosso entusiasmo.

Não deixemos que o entusiasmo seja somente humano, mas, sobretudo, que seja incendiado pela nossa fé.

Assim como Paulo reinflamou e convidou Timóteo para que inflamasse nele o dom da fé, Deus quer reinflamar em nós, incendiar novamente em nosso coração o entusiasmo, o amor primeiro, a entrega primeira que um dia fizemos ao Reino de Deus. Não é para viver de saudosismo, recordando o passado. É para fazer, hoje, com muito mais entrega, paixão e amor o que, no passado, Jesus começou a fazer em nossa vida.

Deus abençoe você!

Pai das Misericórdias

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