“Alguns fariseus aproximaram-se de Jesus, e perguntaram, para o tentar: ‘É permitido ao homem despedir sua esposa por qualquer motivo?’ Jesus respondeu: ‘Nunca lestes que o Criador, desde o início os fez homem e mulher?’ E disse: ‘Por isso, o homem deixará pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne?’” (Mateus 19,3-6).
Meus irmãos, o questionamento dos fariseus é também um questionamento do nosso tempo a respeito do casamento, a respeito do matrimônio: “Mas pode ou não pode separar? O divórcio é ou não é permitido?”. Desde o tempo de Jesus, este questionamento já existia. E a Igreja, junto com Jesus — está sempre junto com Jesus —, disse que não, que desde o princípio não foi assim. No princípio, o Senhor os criou, homem e mulher. “O homem deixará seu pai, sua mãe, assim como a sua esposa, e eles serão uma só carne”. O casamento é algo sagrado, é algo querido por Deus, por isso tem a bênção d’Ele.
Meu irmão e minha irmã que já estão casados, vivam com fidelidade o seu compromisso. Meu irmão e minha irmã que não são casados, façam o discernimento e saibam que o casamento é um compromisso sério que você assume com este homem, com esta mulher. É um compromisso para vida toda.
O casamento é algo sagrado, é algo querido por Deus
Assim como Cristo entregou toda a Sua vida – São Paulo nos ajuda, ele fez esta reflexão nas suas Cartas –, assim também o homem e a mulher devem viver com fidelidade um ao outro. Como Cristo amou a Igreja, amem-se. E este amor! Jesus não amou uma parte, Jesus não amou apenas por três anos, Ele amou e ama por toda a vida o caráter sagrado do matrimônio.
E é claro que, depois deste questionamento, depois desta apresentação de Jesus melhor dizendo, os discípulos disseram: ”Se for assim, é tão difícil o casamento, é tão difícil viver esta fidelidade, então, não vale a pena se casar”. E aí Jesus disse que, de fato, alguns não são chamados ao matrimônio, alguns não tem como, de fato, acolher o casamento, viver o casamento, mas nem todos entendem isso. Jesus também fala da realidade celibatária. Mas, meus irmãos, o casamento é um dom, o celibato é um dom, uma graça de Deus. Tanto o celibato quanto o casamento, ambos devem ser vividos com fidelidade.
Como Cristo amou a Igreja, eu celibatário, amo a Igreja, amo o povo de Deus, vivo puramente, vivo castamente e dou-me ao povo, assim como o casamento é sagrado. “Eu fiz um compromisso com a minha esposa, então, eu me entrego a ela, eu a amo apesar de ver outras pessoas, outras mulheres. Mas eu sou fiel a minha esposa!”. Esposa, seja fiel ao seu marido, embora outros possam surgir aí, outros candidatos, mas seja fiel ao seu marido, seja fiel a sua esposa. Consagrado, consagrada, religioso, padre, seja fiel à Igreja, seja fiel ao seu carisma. Como Cristo foi fiel, também devemos ser fiéis. Dá-nos, ó Jesus, a graça da fidelidade!
Abençoe-vos o Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!