19 Jun 2024

Todo cristão deve fazer o bem por Deus, e não por aplausos

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que estais nos céus.” (Mt 6,1-6.16-18)

Hoje, dia 19 de junho, completo três anos de sacerdócio, e três anos, com toda humildade, querendo buscar o bem. Não querendo agradar aos homens. Não desejando os privilégios que o meu sacerdócio pode me dar. São três anos buscando ser uma pessoa justa e correta. 

É preciso se perguntar, diante da verdade de Cristo e do seu Evangelho, quais as motivações que fazem com que eu continue fazendo o bem. Nesses três anos de ordenação sacerdotal, quero responder essa pergunta. Fazer o bem traz uma satisfação tão grande, porque, vivendo assim, eu estou deixando Cristo viver em mim.

Só é capaz de realizar o bem quem deixa Cristo viver dentro de si. Uma vez que não podemos dar de nós mesmos para as pessoas, nós temos que dar Jesus que está em nós para as pessoas. E isso é algo que traz satisfação ao meu coração de padre. Continuar vivendo na verdade, vivendo aquilo que o Evangelho nos pede: amar a todo momento.

A Palavra está nos dizendo: “Ficai atentos para não fazer as coisas para os homens verem”. Como padre, eu não faço as coisas para as pessoas verem. Desejo fazer como João Batista disse: “Que Ele cresça e eu diminua”. O meu sacerdócio está pautado nisso. E isso não é orgulho da minha parte, não. Estou dando um testemunho de quem deseja fazer a vontade de Deus, de quem quer ser totalmente d’Ele. Eu, Padre Ricardo, quero ser totalmente de Deus. 

Não quero que nada roube o meu coração nem os aplausos das pessoas. Eu não quero. Não faço pregações, não faço homilias para que as pessoas possam me ver, para me aplaudir ou me elogiar. Não é isso, meu irmão, minha irmã.

Desejo viver aquilo que é justo diante de Deus porque é Ele quem me dará a recompensa. Aqueles que querem ser aplaudidos pelas pessoas neste mundo já receberão a sua recompensa aqui, porém perderão a vida eterna. Perderão a possibilidade de estarem unidos a Deus. O Senhor está falando a nós através do seu filho Jesus: “Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que estais nos céus”.

O verdadeiro motivo para fazer o bem

Quero, agora, voltar à pergunta: diante da verdade de Cristo e do seu Evangelho, quais as motivações que me fazem permanecer no bem? Porque se você não tiver motivação nenhuma se perderá. Eu, padre Ricardo, me perderei. Não deixe que as seduções deste mundo roubem do seu coração o grande desejo de fazer a vontade de Deus, pois ela nos leva ao céu. A minha vontade me leva para a perdição eterna.

Tomara que você não procure fazer a sua vontade nem queira se aparecer diante dos homens, das pessoas. Faça, no escondimento do seu coração, para que apenas Deus olhe para você e não os homens. Muitas pessoas se perdem por conta disso. Vão até um certo ponto, recebem muitas coisas, mas chega uma hora que a decadência é grande. O tombo vai ser grande.

Por isso, meu irmão e minha irmã, preocupe-se em Deus olhar para você. Termino com uma frase de Santa Teresinha do Menino Jesus: “Eu sou aquilo que Deus pensa de mim. Não o que os homens pensam de mim”. O que as pessoas pensam de mim não me interessa. Desculpe-me a franqueza com você, mas devo me preocupar com o que Deus pensa de mim, porque é Ele quem me dará a vida eterna.

Que Deus nos ajude e que nós sejamos perseverantes em fazer o bem e buscar a vontade de Deus.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!


Padre Ricardo Rodolfo

Padre Ricardo Rodolfo é brasileiro, nascido em 15 de junho 1982. Natural de São José dos Campos (SP), é membro da Associação Internacional Privada de Fiéis – Comunidade Canção Nova desde 2009 no modo de compromisso do Núcleo.

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