16 Jan 2023

O jejum levará você a uma relação profunda com Cristo

“Então, vieram dizer a Jesus: ‘Por que os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam, e os teus discípulos não jejuam?’ Jesus respondeu: ‘Os convidados de um casamento poderiam, por acaso, fazer jejum, enquanto o noivo está com eles? Enquanto o noivo está com eles, os convidados não podem jejuar. Mas vai chegar o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; aí, então, eles vão jejuar” (Marcos 2,18-20).

Bem, meus irmãos, hoje nós temos como temática desse Evangelho a realidade do jejum. Os discípulos de João e os fariseus estão preocupados com a observância do jejum; em vez de se preocuparem com os frutos do jejum na própria vida, incomoda-lhes o fato de outros não o fazerem.

É interessante porque, muitas vezes, a nossa experiência cristã passa por essa tentação; a nossa experiência religiosa, muitas vezes, de fixar o nosso olhar no outro e deixamos de experimentar o que Deus está fazendo em nós.

Hoje, gostaria também de falar com vocês sobre essa realidade do jejum, porque o jejum cristão tem elementos que vão muito além do fato de não comer carne ou não comer um outro alimento, é muito mais do que isso.

A Lei Eclesiástica diz para nós que: “Nos dias prescritos, os fiéis se dediquem de modo especial à oração, façam obras de piedade e caridade, renunciem a si mesmos, cumprindo mais fielmente as próprias obrigações” (cf. Cân.1249)

A essência do jejum é a relação com o Esposo, que é Cristo

Veja, o jejum não pode ser uma prática vazia e isolada dessas outras realidades, porque jejum é um crescimento em todos os aspectos, da caridade, na piedade, na renúncia a si mesmo e no cumprimento fiel de todas as nossas obrigações.

A Mãe Igreja estabeleceu que todas as sextas-feiras são um dia penitencial, e ela diz que, nesses dias, os fiéis se abstenham de carne ou de outro alimento ou pratiquem alguma forma de penitência, principalmente obra de caridade ou exercício de piedade. Isso precisa ficar bem claro para nós, porque, muitas vezes, nós não lemos nas entrelinhas o que a Igreja diz: abstenham-se de carne ou de outro alimento ou pratiquem alguma forma de penitência, principalmente a caridade e o exercício de piedade.

Por exemplo, numa sexta-feira, se você não pode se abster de algum alimento ou carne, você pode fazer uma Via-sacra, rezar uma Via-sacra com piedade e devoção; você cumpriu a sua sexta-feira penitencial! Porque a Lei Eclesiástica para nós, aqui do Brasil, nos deu essa possibilidade de mudar a abstinência da carne por uma outra obra. Então precisamos nos abrir também a essa realidade.

Mas o importante é que o cerne do jejum — e o Evangelho de hoje nos dá essa indicação muito bonita — , é a relação com o Esposo; o miolo, a essência do jejum é a relação com o Esposo, que é Cristo. A ausência do alimento nos remete à ausência do Esposo, a presença do alimento nos indica a presença do Esposo.

Então, o jejum precisa nos levar a essa relação íntima com o Cristo; quando tiramos um alimento, lembramo-nos também da ausência do Esposo, e quando nós fazemos festa, quando vivemos uma Solenidade e podemos comer determinado alimento, lembramos da festa, que é a presença do Esposo no meio de nós.

Peçamos ao Senhor a graça de usufruir dessa prática espiritual tão bela, mas com profundidade.

Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Pai das Misericórdias

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