O amor é a base, o alicerce, o sustentáculo da vida daqueles que querem viver a vontade do Senhor!
“Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos” (João 15, 12-13).
O Mestre Jesus ensina aos Seus discípulos como fazer para permanecer no Seu amor e no Seu mandamento. Ele é muito explícito ao nos dizer: “Amai-vos uns aos outros”, aqui não se trata de um amor universal, ainda que não Ele exclua esse amor universal dentro do grande mandamento do amor de Deus para todos.
Jesus diz isso aos Seus discípulos que, para se manterem no convívio d’Ele e para seguirem os Seus passos, é necessário que eles amem uns aos outros. Cristo também diz isso a nós que somos discípulos d’Ele, que precisamos justamente disso: “amar uns aos outros”, amar a quem está perto de nós, ao nosso lado, amar a quem faz parte da nossa família, da nossa casa. Amar a quem faz parte da comunidade em que vivemos, a qual frequentamos, amar os de nossa igreja, de nossos grupos, e assim por diante.
Quando o amor entre os cristãos se esfacela, se acaba, tudo tende a ir à ruína e ao fim. Quando o amor em uma família já não existe mais, marido e mulher já não conseguem se amar mais, os filhos não conseguem amar uns aos outros, você percebe que a ruína, que o mal, começa a entrar naquela casa e é difícil que ela permaneça de pé.
Da mesma forma, se não existir amor entre aqueles que convivem, habitam no mesmo espaço e compartilham da mesma vida em uma comunidade, ela tenderá à ruína. O amor é a base, o alicerce, o sustentáculo da vida daqueles que querem viver a vontade do Senhor! Aqui não se trata de um amor poético, romântico, sentimental ou afetuoso; é o amor decisão, o amor respeito, o amor que, acima de tudo, nos leva a ver a presença de Jesus no outro, apesar dos limites e das fraquezas dele.
É o amor que exige perdão, superação, reconciliação; não é um amor que nos obriga a gostar e a “engolir” o outro, porque não há outro jeito; mas é o amor que nos ensina a conviver em paz com nós mesmos e com o outro, ainda que não estejamos muito a fim disso, ainda que as nossas ideias, os nossos pensamentos e sentimentos não caminhem na mesma direção. Amar o outro é uma exigência para se tornar discípulo de Jesus!
Amar ao próximo não é uma questão facultativa, subjetiva ou muito menos ainda o amor criterioso em que eu só amo a quem eu quero e a quem está de acordo com os meus critérios. O amor ao próximo é, em primeiro lugar, aos que estão mais próximos de nós, aos que convivem e trabalham conosco e aos que abraçam uma mesma dimensão de vida.
Qualquer realidade humana, qualquer comunidade paroquial, comunidade de vida em que o amor não existe mais, a vida, o relacionamento e a própria comunidade estão condenados ao fracasso.
Se Deus pode reerguer algo entre nós, Ele pode, deseja e quer fazer isso com a ajuda da via chamada amor. Que ele seja o vínculo que nos une a Deus, que o amor seja o vínculo que nos una uns aos outros!
Deus abençoe você!