“Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: ‘Usai o dinheiro injusto para fazer amigos, pois, quando acabar, eles vos receberão nas moradas eternas. Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes. Por isso, se vós não sois fiéis no uso do dinheiro injusto, quem vos confiará o verdadeiro bem?” (Lucas 16,9-11)
Meus irmãos e minhas irmãs, o Evangelho de hoje trabalha com esse conceito do mínimo e do grande; coisas mínimas e coisas grandes. E em ambas está o conceito da fidelidade.
Qual é o seu mínimo hoje? Já coloco esta pergunta para você: ‘Qual é o mínimo que Deus apresenta a você? E qual é o seu máximo? Quais são as realidades que se apresentam diante de você?’.
Para que costuremos todas elas com o conceito da fidelidade, talvez, aquilo que se apresenta hoje seja muito pouco aos teus olhos, mas é o tudo que Deus pede hoje de você. Somos tão acostumados com a mentalidade de: “Ninguém está vendo”; “Isso não vai fazer falta”; “Que diferença isso vai fazer!”; “Eu vou perder tempo com essa bobeira, quero coisas maiores”— estamos acostumados com coisas grandiosas.
Nas coisas mínimas, a fidelidade a Deus; nas coisas grandiosas, a fidelidade a Deus
Do outro lado, talvez, o que se apresenta hoje para você seja muito grande e você não veja, em você, condições e forças para realizar o que Deus te pede. “Como vou dar conta disso? Não fui feito para isso! Como Deus pôde confiar isso a mim, que sou tão frágil e não tenho tantas capacidades?”, em nós sempre se misturam essas duas realidades.
No pouco ou no muito, peça a Deus a graça da fidelidade de corresponder àquilo que Ele dá a você hoje!
Uma outra leitura desse mínimo é prestar atenção às coisas, porque uma coisa mínima pode se tornar, depois, uma coisa grande. Por exemplo, uma ruína, um fracasso, uma infidelidade pode começar de forma bem pequena — e isso vale para todos nós, em todos os estados de vida: quem é casado, quem é padre, quem é consagrado. Lembremos que o diabo veio para roubar, matar e destruir, e ele é muito astuto em conhecer os nossos pontos frágeis e pode nos sugerir coisas que, aparentemente, são simples e insignificantes, mas que são capazes de nos levar à ruína e à perdição.
Nas coisas mínimas, a fidelidade a Deus; nas coisas grandiosas, a fidelidade a Deus. Se você não tem, hoje, forças para poder olhar para tudo isso de forma concreta na sua vida, peça a Deus essa graça para iluminá-lo a perceber a presença de Deus nas coisas pequenas, a perceber as seduções do maligno nas coisas pequenas e a também abraçar coisas grandiosas que Ele pode realizar na sua vida.
Sobre todos vós desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!