Quando a Solução Humana Não Basta
Naquele tempo, quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu e foi de barco para um lugar deserto e afastado. Mas quando as multidões souberam disso, saíram das cidades e os seguiram a pé. Ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão, encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes. Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram: “Esse lugar é deserto, e a hora já está adiantada. Despede as multidões para que possam ir aos povoados comprar comida” (Mateus 14,13-21)
O exemplo do Cura d’Ars
Meus irmãos e minhas irmãs, hoje, dia 4 de agosto, a Igreja celebra a memória de Cura d’Arc, esse grande sacerdote, homem de coração generoso, um grande confessor, de modo especial, nesse mês de agosto, aqui na Igreja do Brasil, nós dedicamos esse mês às vocações.
E no primeiro domingo, nós celebramos a vocação sacerdotal e que providência, nesta segunda-feira, meditarmos um pouco sobre esse evangelho na memória do Cura d’arc.
Bom, a vida desse santo é um eterno combate contra o racionalismo que insiste em destruir toda e qualquer ação sobrenatural e da graça divina.
Um jovem que, até os 17 anos de idade, ainda era analfabeto, mas que trazia em si uma grande sabedoria do alto.
A lógica humana diante do impossível
Ele aprendeu, desde criança, com a sua mãe, a confiar na divina providência e a abandonar-se com confiança nas mãos de Deus.
Os discípulos de Jesus, no evangelho de hoje, eles tinham uma solução, também muito racional, para o problema da multidão faminta. “Manda embora e que cada um se arranje como pode”. Jesus, diante dessa resposta, faz uma outra tentativa.
Dai-lhes vós mesmo de comer.
Mais uma vez, a razão diz: Nós só temos aqui cinco pães e dois peixes, é a continuação do evangelho.
Um gesto que aponta para o Céu
Bom, nós estamos diante de um fato que, muitas vezes, se repete também na nossa vida.
Nós, muitas vezes, queremos encontrar soluções muito racionais, muito dentro da nossa mentalidade humana, para os problemas da nossa vida.
Mas Jesus está confiando em nós, Jesus está pedindo de nós uma confiança profunda na sua divina providência.
Se fosse aqui, no caso do evangelho, apenas uma distribuição, uma partilha dos pães e dos peixes, como dizem muitos por aí, Jesus teria pegado, os alimentos e saído para distribuir.
Porém, a anotação do autor sagrado, diz que Jesus ergueu os olhos para o céu, demonstrando que, a partir daquele momento, se tratava de uma ação divina e não de uma ação meramente humana, assistencial.
O passo de fé que Deus pede de nós
Tem determinados momentos da nossa vida, em que nós devemos fazer esse passo de fé: Senhor, daqui para frente é com você!
Eu confio na tua divina providência, eu me abandono nas tuas mãos.
Assim como fez o cura d’Arc, entregando-se nas mãos do Senhor, era portador de uma grande vocação, cheio de limitações intelectuais.
Mas isso não foi obstáculo para a graça de Deus, que o fez sacerdote, que o fez santo.
Sobre todos vós, desça a benção do Deus Todo-Poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém!