“Havia em Cafarnaum um funcionário do rei que tinha um filho doente. Ouviu dizer que Jesus tinha vindo da Judeia para a Galileia. Ele saiu ao seu encontro e pediu-lhe que fosse a Cafarnaum curar seu filho, que estava morrendo. O funcionário do rei disse: ‘Senhor, desce, antes que meu filho morra!’ Jesus lhe disse: ‘Podes ir, teu filho está vivo’. O homem acreditou na palavra de Jesus e foi embora.” (João 4, 46b-47;49-50)
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Meus irmãos e minhas irmãs, um oficial do rei foi até Caná da Galileia encontrar-se com Jesus. Caná é o lugar do primeiro sinal, do primeiro milagre realizado por Jesus. Caná se tornou o lugar de fé, e aquele homem vai até lá. Nós, muitas vezes, precisamos fazer peregrinações para lugares de fé, lugares onde nós sabemos que Deus se manifesta, que Deus pode dar para nós o seu favor e as suas Graças.
O filho doente é curado, o pai nasce de novo porque ele crê em Jesus. Vejam: a grande graça aqui não é só a cura do filho, mas também a fé daquele homem, aquele homem passa a acreditar em Jesus. Pois, quando Deus opera um sinal, uma cura, uma libertação, um milagre, não é apenas a pessoa necessitada que recebe a graça, mas todos aqueles que se deixam envolver pela ação de Deus. Certamente, quando aconteceu uma intervenção de Deus na sua família, toda a sua família foi alcançada pela graça de Deus. É assim: o poder de Deus se irradia, a ação de Deus vai muito mais além do que podemos imaginar.
A nossa oração precisa ter a marca da confiança total em Jesus
O funcionário do rei ouviu dizer sobre Jesus. Olha só a importância das obras de evangelização, do anúncio, do querigma, das pregações, dos testemunhos, de todas as formas de fazer Jesus conhecido. Porque esse homem ouviu falar sobre Jesus, então, teve a atitude de sair ao seu encontro, a movimentação, a dinâmica de colocar a vida na direção de Jesus, a libertação da paralisia, que é fruto do medo, da desconfiança, da desesperança, do desespero, da dor. Nosso Senhor diz para você hoje também: “Não pare nas suas dificuldades, não pare nas suas lutas, nos teus sofrimentos”.
Aquele oficial do rei pediu a Jesus. E a Palavra nos garante: “Pedi e recebereis”, essa é a oração de confiança que é feita para Jesus. Como nós podemos e devemos purificar a nossa experiência de oração nesta Quaresma? A nossa oração precisa ter essa marca da confiança total em Jesus. Ele[oficial] acreditou em Jesus e se colocou a caminho, deu a sua adesão a Cristo e começou a caminhar na força daquela palavra, mesmo sentindo, dentro dele, toda a realidade do filho, mas ele acreditou na força daquela palavra.
O que não passou na cabeça daquele oficial, durante o trajeto entre a palavra de Jesus e a constatação da cura do seu filho? Esse é o caminho da fé entre o que você pede para Deus e o momento em que Deus age, esse é o trajeto da fé, e todos nós somos chamados a percorrer esse caminho.
Que o Senhor nos mantenha fiéis, com os olhos fixos n’Ele, confiando na Sua intervenção.
Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!