“Os mestres da Lei, os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam” (Mateus 23,2-3).
Meus irmãos, talvez, não tenha nada pior nesta vida do que um falso testemunho, do que uma mentira, do que viver de máscaras. Jesus até soube aproveitar bem daquilo que os fariseus, que os doutores da Lei apresentavam. “Olha, minha gente, fiquem com aquilo que eles ensinam, mas não observe aquilo eles vivem. Porque eles falam e não vivem aquilo que falam”.
Meus irmãos, Nosso Senhor está denunciando que não adiantava aqueles homens amarrarem pesados fardos, várias obrigações para os outros, terem em suas vestes trechos da Sagrada Escritura — em faixas largas com os trechos da Escritura —, sentarem nos primeiros lugares nos banquetes, nos primeiros lugares nas Sinagogas, serem cumprimentados e chamados de mestre, de pai… De que adianta tudo isso, se é só uma máscara? Se é uma mentira, se não vive aquilo que se prega? Aquilo que se prega deve ser vivido. Aliás, primeiro, se vive; depois, se prega com as palavras. É o testemunho, antes de tudo, meus irmãos.
Levemos a Palavra de Deus em nossas vestes, mas, principalmente, a levemos no nosso coração
Não adiantava trazer a palavra nos lábios, nas vestes, ser conhecido como homem de Deus, como uma mulher de Deus, quando não se vive aquela verdade, aquilo que se lê, aquilo que até mesmo se professa. A Palavra deve estar no peito, na veste? Deve estar no coração e nas atitudes.
Infelizmente, havia uma grande distância: pois estava nas vestes trechos da Escritura, na cabeça, mas não estava no coração. A Palavra precisa estar, primeiro, no coração; nas atitudes e, depois, podemos trazê-la em nossas vestes. Não adianta trazer e ter uma “cara boa”, ter vestes que falam de Deus, ter um crucifixo, quando não se vive o sacrifício, quando não se vive aquela Palavra.
Meus irmãos, precisamos ser de Deus com a nossa cara, com as nossas vestes, mas precisamos ser de Deus, principalmente, com o coração aberto e com as mãos estendidas para aqueles que mais necessitam. Temos que saber da Palavra e praticar a Palavra.
Que nós levemos sim a Palavra de Deus em nossas vestes, mas, principalmente, levemos a Palavra de Deus no nosso coração. Que nós levemos sim a cruz no nosso peito, mas que levemos também a cruz nos ombros, na nossa vida. Prática e vida; leitura da Palavra e prática dessa Palavra: as duas coisas precisam estar ligadas, juntas.
Que nós não tenhamos uma caricatura de ser de Deus, mas que, de fato, sejamos d’Ele com as nossas atitudes.
A bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!