“Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: ‘José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo’” (Mateus 1,18-20).
O Evangelho de hoje, tirado do Livro de São Mateus, dá um destaque especial para José, o pai adotivo de Jesus. José era um homem simples, honesto e trabalhador. A Palavra afirma que ele era justo, no sentido de viver uma vida correta, uma vida coerente; justo no sentido de fazer sempre o bem e saber ponderar e refletir as situações por mais delicadas que elas fossem. Antes de tomar uma decisão, José refletia e parava.
A decisão inicial de José — querer abandonar Maria em segredo —, foi a decisão de alguém diante de algo que não compreendia na sua totalidade; ele não tomou decisões precipitadas, mas, antes, sempre pensando no bem de Maria, ele soube silenciar, soube aguardar o tempo de Deus, o tempo da manifestação d’Ele.
Em toda aquela situação muito delicada que José viveu, ele não agiu de uma forma impensada, de forma precipitada, porque ele sabia que era preciso refletir.
Faz-se necessário silenciar, rezar e buscar a intimidade com o Senhor para ouvir a vontade de Deus
Quantas vezes também, em nossa vida, diante de uma situação difícil e delicada, acabamos por colocar tudo a perder porque tomamos decisões precipitadas, agimos no impulso, não ponderamos, não refletimos, não rezamos, não buscamos silenciar para escutar a voz de Deus.
Situações difíceis e delicadas — das quais não conseguimos compreender tudo de imediato —, necessitam de silêncio, precisam de reflexão, de escuta, antes de se tomar alguma decisão. Na crise, não decidimos nada, a gente espera e reza. É preciso saber esperar o tempo de Deus!
José nos ensina isso: saber esperar o tempo de Deus. Quem sabe ouvir a Deus torna-se uma pessoa justa, pois sabe agir não pelos seus impulsos, e sim pela direção de Deus; e, aqui, podemos compreender porque José era justo.
José era justo porque soube ajustar a sua vida à vontade de Deus; soube escutar, soube silenciar, ajustou a sua vida à vontade de Deus. Aquele homem simples e humilde ajustou completamente a sua vida aos planos de Deus. É isso que o Senhor, hoje, também nos ensina: a ajustarmos a nossa vida à vontade de Deus.
Às vezes, o que queremos não está nos planos de Deus, por isso, se faz necessário silenciar, rezar e buscar a intimidade com o Senhor para ouvir a vontade de Deus e corresponder à vontade d’Ele ajustando a nossa vida à vontade e ao querer d’Ele.
Peçamos, hoje, a intercessão desse grande homem de Deus: José; que soube, antes de tomar decisões precipitadas, ouvir a Deus, silenciar e buscar a oração.
Desça sobre vós a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!