Estamos hoje diante do pedido dos apóstolos ao Mestre da oração. E Jesus, diferente dos mestres da Lei, estabelece o mais direto diálogo entre o Pai e os filhos. Ensina-lhes a oração mais simples, humilde – todavia – forte e direta que existiu até hoje: o Pai-Nosso.
Nela, Jesus nos dá a forma mais eficiente de como nos devemos dirigir a Deus. O nosso Deus não é alguém distante de nós e a quem devemos temer. Ele nos ouve e nos atende porque é o nosso Pai.
Assim, em todas as circunstâncias: quer na alegria, quer na tristeza, na paz e na guerra, na fome e na fartura, na saúde e na doença, na fidelidade e infidelidade da pessoa querida, enfim, em tudo – abrindo o nosso coração – devemos invocar ao nosso Pai dizendo: “Pai nosso, que estás no céu, que todos reconheçam que o teu nome é santo. Venha o teu Reino. Que a tua vontade seja feita aqui na terra como é feita no céu!”
Jesus mesmo é quem nos ensina a conversar com Deus: ser objetivo em nossas súplicas e não desejar que, por força das nossas muitas palavras, a nossa vontade aconteça.
O Pai-Nosso é a oração mais completa porque, objetivamente, nos leva ao louvor, a ter compromisso com a vontade do Pai, a implorar pelas nossas necessidades do dia a dia e, principalmente, a pedir perdão com a garantia de, concretamente, também perdoar aos nossos irmãos e irmãs. E, por último, nos motiva a pedir ao Pai que nos ajude a não cair na tentação do pecado e a nos livrar do mal, que é o demônio.
Assim sendo, a nossa oração torna-se um “eco” da oração que Cristo também fez a Deus Pai dando-nos motivação para que nós possamos vivenciá-la no dia a dia da nossa vida. O próprio Jesus nos dá a dica: não usar muitas palavras e simplesmente glorificar o Pai e pedir que o Seu Reino e a Sua vontade aconteçam em nós, na terra, assim como acontece no Céu. Pedir o pão para cada dia, o perdão pelas nossas culpas. Pedir para não cairmos em tentação e para livrar-nos do mal.
O Senhor ressalta a necessidade do exercício diário do perdão. E põe uma condição para que a nossa oração seja atendida: “Porque, se vós perdoardes os pecados uns dos outros, o meu Pai, que está no céu, também vos perdoará. Mas, se não os perdoardes, o Pai também não vos perdoará os vossos pecados”.
Portanto, posso desafiá-lo dizendo que a prática do perdão é o que faz a diferença. É o que nos distingue dos demais.
Como e o que você tem pedido a Deus? Que Ele o ensine a perdoar, sobretudo, as mais difíceis e complicadas pessoas de lidar. Você tem cumprido o que reza no Pai-Nosso? Senão, peça a Deus esta graça.
Padre Bantu Mendonça