Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então, se assentará em seu trono glorioso. Então, o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’”. (Mateus 25,31.34-36)
Meus irmãos e minhas irmãs, hoje, com essa celebração, chegamos à conclusão do nosso Ano Litúrgico. Hoje, 34º Domingo do Tempo Comum, coincide com a Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo.
É também um dia de fazer memória do nosso chamado como Canção Nova porque a Canção Nova nasceu na festa de Cristo Rei, quando o padre Jonas fez o apelo para aqueles jovens de deixar tudo e viverem em comunidade. Então, é uma oportunidade para também relembrar o nosso chamado.
O 34º Domingo coincide com a Solenidade e, como disse, chegamos ao final do Ano Litúrgico, que celebramos o final da nossa caminhada espiritual. Por isso, estamos vendo, nesses domingos, os discursos escatológicos de Jesus.
Vemos esse discurso escatológico que fala da finalidade da nossa existência, não do fim do mundo, e sim da finalidade da nossa existência. Não são as últimas coisas, mas o último é Cristo, o Alfa e o Ômega, princípio e o fim, o ponto final, o cume para o qual tudo se encaminha. E, nesse domingo, vemos a terceira parábola escatológica que fala do juízo universal. Vimos a das dez virgens, vimos a dos talentos e, neste domingo, é o juízo universal.
O Evangelho — o padre não leu tudo —, fala da separação final, que indica a vinda gloriosa de Cristo, que comporta uma separação. Como aquelas dez virgens — cinco entraram na festa com o esposo e cinco não. Aqueles dois empregados que multiplicaram os talento entraram para a festa e, hoje, aqui, também são separadas as ovelhas dos cabritos. Então, a vinda gloriosa de Cristo vai comportar uma separação.
Na Festa de Cristo, Rei do Universo, peçamos que Ele reine em nossos corações, reine em nossas famílias
Quando o esposo chega, as cinco virgens previdentes fazem festa com ele; quando o patrão volta, os dois empregados fazem festa com ele; e Jesus quer fazer festa conosco quando Ele vier na sua glória!
O critério do julgamento, aqui, é o que fizermos para Cristo. As mazelas que aparecem aqui: a fome e a nudez são imagem de Cristo que se identifica com cada ser humano, identifica-se com aquele que passa fome e sede, que está nu, que é estrangeiro, que está preso. Jesus se identifica com cada sofrimento humano; e, se nós fizermos a esses nossos irmãos, fazemos para Cristo.
A humanidade tem necessidade de ver o Cristo e precisa vê-Lo, através das nossas boas ações, que são cumpridas não com outros interesses —, digamos: fora dos critérios do Evangelho —, mas com o interesse de fazer o bem àquela pessoa, porque nela está Jesus Cristo.
Jesus se identificou com as misérias humanas; e cada vez que nós olhamos para elas e socorremos essas misérias, também socorremos Cristo. Do contrário, quando ignoramos, nós ignoramos o próprio Cristo.
Cristo é o modelo, e sendo Rei, Ele se fez servo de todos; servo da humanidade. Por isso, na Festa de Cristo, Rei do Universo, peçamos que Ele reine em nossos corações, reine em nossas famílias, reine em toda a humanidade. Com a Sua presença, também vamos sendo edificados!
Sobre todos vós desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!